Durante entrevista a Rádio Gazeta AM, nesta quinta-feira, (30), o diretor-presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas, (Casal), Clécio Falcão disse que dos 77 municípios abastecidos pela empresa, 70 estão inadimplentes, gerando um débito de R$ 140 milhões.

Clécio afirmou que a diretoria da Casal tem tentado receber o dinheiro das prefeituras, mas os prefeitos tem alegado que também estão enfrentando dificuldades devido, principalmente, a diminuição dos valores dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios, (FPM).

Sem receber o valor devido das prefeituras a Companhia, segundo seu diretor-presidente, não tem como sanar as dificuldades apresentadas no abastecimento de água no Estado. O dinheiro seria para a compra de novos equipamentos e a realização de projetos que visam atender a grave falta do líquido, que nos últimos anos tem se agravado em todas as regiões.

Mas outro problema também preocupa as equipes de engenheiros da Casal. A inadimplência dos consumidores particulares tem crescido nos últimos meses. O percentual de débito desses consumidores passou de 10 para 13%, aumentando os prejuízos da Companhia.

Os problemas em Maceió, que vão da falta de água até os constantes vazamentos, segundo o  diretor, se deve principalmente pelos transbordamento de esgoto provenientes de uma rede obsoleta, que possui um coletor com mais de 40 anos em funcionamento.

Ele citou que os transbordamentos acontecem, na maioria das vezes, na Bacia da Pajuçara, por conta do grande volume de obras em bairro da orla da cidade, detalhando que os casos mais graves estão no trecho entre as estações elevatórias da Praça Lions e da Praça 13 de Maio, nos bairros da Pajuçara e Poço respectivamente, que leva o esgoto para o emissário submarino construído com a contrapartida da Casal e parcelado em 36 anos, mas que ainda vem sendo pago pela empresa.