Record denuncia homem que se passa por jornalista do canal para fazer ameaças

28/07/2015 12:53

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Nesta terça-feira, (28), a Record denunciou que um homem está se passando por jornalista da empresa para fazer ameaças e tentar aplicar golpes. Para se apresentar como funcionário da emissora, o falsário criou um e-mail pelo serviço disponibilizado no portal R7 - junior.redacao@r7.com - e envia mensagens com a assinatura “Junior de França – Produtor de Reportagem”, acompanhado do logotipo do canal televisivo.

De acordo com emissora, o homem é, na verdade, Agnaldo Santos Pereira Junior, de 27 anos, que vive no bairro do Jaraguá, zona oeste da capital paulista. Dono de uma empresa empresa registrada como Absolute Eventos, ele teria usado o e-mail com assinatura falsa em ao menos duas situações recentes, para fazer requisições em nome da Record a uma cervejaria e um shopping center.

Em 7 de julho, Pereira Junior solicitou informações sobre o processo de produção da cerveja e, no caso do centro comercial, exigia um posicionamento da direção sobre a equipe de segurança do lugar, afirmando que teria tido uma discussão um profissional no local no último sábado, 25.

A equipe de reportagem da Record também teve acesso a arquivos de áudio em que Pereira Junior ameaça a modelo e ringue girl Alane Pereira, musa América de Natal. Na conversa, ele explicita que quer fazer sexo com ela e que, caso não aceite, será “prejudicada pela equipe de marketing dele”.

“Alane, você toma cuidado, toma cuidado! Cara, se você tivesse amor na tua vida, cara, você não me desafiaria. Eu sou louco quando eu quero. Você toma cuidado! É sério. Você não sabe quem eu sou e com quem eu ando, Alane”, disse ele à modelo, por telefone, registrou a equipe da Record. “Para mim, você é merda! Para mim, seu corpo só serve para ser utilizado mesmo para transar. Não tem outra utilidade”.

Durante a apuração para denunciar a ação do falsário, a Record descobriu que o homem teria inventado um sequestro-relâmpago. Em 5 de julho de 2014, Pereira Junior ligou para a Polícia Militar de São Paulo e disse ter sido vítima do crime na Avenida Francisco Matarazzo, quando saía de uma boate. Na mesma noite, relatou o caso em uma ligação para redação da emissora. Na época, os repórteres conseguiram falar com a mãe dele, que desmentiu o caso.

Os policiais não conseguiram uma única pista sobre o sequestro, que nem chegou a ser registrado oficialmente por Pereira Junior. Procurado agora pela reportagem da Record, o homem chegou a dizer que “essa situação poderia até acabar em morte”. Depois, admitiu ter feito os contatos em nome da empresa de comunicação, mas garantiu que não vai voltar a repetir o ato. Ele não quis esclarecer os motivos que o levaram a se passar por funcionário da casa e falou que “estava de cabeça quente” quando ameaçou a modelo Alane.

Primeira Edição © 2011