Municípios em epidemia de dengue caem de 16 para apenas três em Alagoas

24/07/2015 12:09

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Agência Alagoas

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Graças à força-tarefa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com as vigilâncias epidemiológicas municipais, o número de cidades alagoanas em epidemia de dengue passou de 16, em maio deste ano, para apenas três, em julho. A boa notícia foi revelada pelo Boletim Epidemiológico 25, que traz ainda outro dado positivo: o percentual de casos graves de dengue caiu 61,63%, já que foram 172 ocorrências em 2014, contra 66 deste ano.

Segundo o Boletim Epidemiológico 16, divulgado pela Sesau no último dia 8 de maio, os municípios de Arapiraca, Carneiros, Colônia Leopoldina, Feira Grande, Inhapi, Junqueiro, Major Isidoro, Maragogi, Maravilha, Marechal Deodoro, Mata Grande, Ouro Branco, Santana do Ipanema, São Sebastião, Senador Rui Palmeira e Teotônio Vilela estavam em epidemia de dengue. Dois meses depois, no entanto, apenas Arapiraca, Junqueiro e Mata Grande permanecem em situação epidêmica, apresentando incidência igual ou superior a 300 casos para cada 100 mil habitantes.

“Os dados apresentados, que não devem ser comemorados, evidenciam que o trabalho de monitoramento dos supervisores da Sesau, em parceria com os agentes de endemias dos municípios, está surtindo efeito positivo. Desde janeiro deste ano, quando assumimos a atual gestão da saúde estadual, intensificamos a assistência técnica junto aos municípios, além de capacitarmos técnicos e auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos quanto ao diagnóstico e tratamento dos pacientes, que é atribuição dos municípios”, pontuou a secretária de Estado da Saúde, médica Rozangela Wyszomirska.

Mas a titular da saúde estadual alerta que o combate à dengue deve ser uma luta de todos os alagoanos, sejam eles gestores públicos ou integrantes da sociedade civil organizada, uma vez que de janeiro até a primeira quinzena de julho deste ano já foram notificados 15.655 casos suspeitos da doença no Estado.

Para isso, devem ser adotadas boas práticas de higiene, visando evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que além de ser o vetor de transmissão da dengue, também é responsável pela febre chikungunya, que ainda não há registro de casos em Alagoas, e pelo Zika Vírus, cujos exames laboratoriais confirmaram três casos no Estado, segundo o Instituto Evandro Chagas, situado em Belém, no Pará.

Força-Tarefa  

Rozangela Wyszomirska destaca que as Diretorias Estaduais de Vigilância Epidemiológica e de Atenção Básica estão atuando nos municípios para assegurar assistência qualificada aos pacientes com dengue.

O trabalho, segundo a secretária, também tem assegurado ações de vigilância, além do combate ao Aedes aegypti e a mobilização da sociedade para adotar medidas que evitem a proliferação da doença.

A secretária orientou ainda que a população deve ter atenção redobrada aos sintomas da doença, já que, ao sinal de febre aguda com duração de até sete dias, acompanhada de dor na cabeça, atrás dos olhos, nos músculos, nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo, é necessário procurar um posto de saúde, situado no município de origem. 

“Por meio de um atendimento oportuno, o paciente não irá evoluir para a forma grave da doença e sua recuperação será mais rápida”, salienta.

 

 

 

 

 

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