7 em 10 brasileiros não têm político preferido

29/05/2015 14:55

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Terra

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Os políticos brasileiros parecem não estar em alta com seus eleitores. As cada vez mais frequentes manifestações ocorridas nos últimos anos têm a forma de se fazer política como um dos pontos centrais de protesto. Quando perguntados qual o político preferido na atualidade, 67% dos brasileiros disseram não ter nenhum, segundo pesquisa realizada pela agência de pesquisa Hello Research.

E o grupo mais jovem, entre 16 e 24 anos, da região Sul é o que menos tem preferência. Apenas 1% dos entrevistados não souberam responder. Dentre os políticos citados, a presidente Dilma Rousseff foi a mais lembrada, com 7% de preferência. Seu antecessor, Luís Inácio Lula da Silva, aparece na segunda posição com 6%. Marina Silva, candidata derrotada nas últimas duas eleições presidenciais, é a terceira, com 5%. Aécio Neves, senador (PSDB-MG), é o quarto, com 2%.

De acordo com o diretor executivo da Hello Research, Davi Bertoncello, é natural que Dilma apareça à frente, pois está no cargo mais importante do País e em evidência constante, mesmo que seu governo desgastado. "O que a pesquisa mostra é que, em números absolutos, não existe um político que esteja com uma preferência boa. Como não há uma polarização, nem alguém que desponte, as duas figuras em maior evidência, a presidente e o ex, acabam aparecendo na frente. Mas, ao final, a diferença entre os mencionados é baixa, pouco significativo."

A empresa ouviu mil pessoas de 70 cidades de todas as regiões do País. A margem de erro é de três pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

Descrença segue com partidos

Os índices obtidos pelos partidos políticos são similares. Ao todo, 64% dos entrevistados responderam que não têm simpatia por nenhuma agremiação – principalmente os moradores do Sul. Já 5% não sabem e outros 5% não responderam a questão.

O PT é o que possui mais simpatizantes: 14% dos entrevistados. A segunda posição é do PMDB, com 4%, seguido pelo PSDB, com 3% - os dois últimos são mais fortes na região Norte e Centro-Oeste. O PSB também possui 3%.

Em cima do muro

A pesquisa também mostra que o brasileiro não sabe definir sua orientação política. Quatro em cada dez pessoas não possuem uma posição ideologia – principalmente na faixa etária entre 45 e 59 anos, nas classes D e E e no Sudeste. Além disso, outros 30% se consideram como centro – resposta mais comum nas regiões Norte e Centro-Oeste e Sul.

Aqueles que se definem como direita ou esquerda estão empatados com 9% cada, sendo que a última classe é mais presente no Nordeste. Pessoas que se definem como centro-direita correspondem à 4% e são provenientes da classe B. Os adeptos da centro-esquerda são 3%. Os de “extrema esquerda” e “extrema direita” são 2% cada.

Primeira Edição © 2011