Quarenta crianças e adolescentes desaparecem todo o mês em AL

25/05/2015 09:39

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Assessoria

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Em Alagoas, aproximadamente, 40 crianças e adolescentes desaparecem todo mês, segundo estimativa do Fórum dos Conselhos Tutelares. Com o intuito de realizar ações de prevenção e elucidação do desaparecimento de menores, nesta segunda-feira (25),  no dia Internacional das Crianças Desaparecidas, o Conselho regional de Medicina de Alagoas (Cremal) realiza visitação em hospitais e distribui folders educativos.

Em Maceió, o Cremal informou que vai visitar os hospitais Arthur Ramos, do Açúcar e Santa Casa, principalmente a ala pediátrica. Além disso, haverá audiência pública na Câmara de Vereadores para debater o tema. “Estaremos em campo até às 18hs com nossos conselheiros ajudando a orientar as pessoas a denunciar casos de desaparecimento e principalmente a prevenir o problema’’, disse o presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, lembrando que os médicos serão incentivados a inserir o assunto durante o contato com o paciente, por ocasião da consulta. Serão distribuídos folders com esclarecimentos do tema.

Diante do alto índice de desaparecidos, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) criou umbanco de dados de Pessoas Desaparecidas, através do chefe do Laboratório de DNA Forense, Luís Antônio Ferreira, criou um banco de dados para cadastrar informações do DNA dos desaparecidos e de seus familiares.

Os dados ficam disponíveis para todas as pessoas, inclusive quem  estiver fora de Alagoas, facilitando assim a identificação do desaparecido pela fotografia e informações genéticas. O cadastro é gratuito e pode ser feito no Laboratório DNA Forense, localizado na Rua Aristeu de Andrade, 452, no bairro do Farol, mediante apresentação das informações e fotodo desaparecido. O problema é que até agora o governo não deu apoio ao banco e o projeto pode não vingar.

Na Delegacia da Criança e do Adolescente, bairro do Jacintinho, um mural expõe o rosto dos menores desaparecidos em Alagoas, e registra o desespero dos familiares que prestam queixa quase que diariamente. O entendimento do CFM e dos Regionais é de que quanto mais segmentos da sociedade civil se engajar nessa luta, maiores serão as chances de reduzir o índice de menores desaparecidos.

Por ano, estima-se que 50 mil crianças somem no país e cerca de 250 mil ainda não foram solucionados. No mundo esse número chega a 25 milhões.

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