Em Alagoas, ministro do STF se mostra contrário ao voto secreto na ALE

O ministro Marco Aurélio Mello veio ao Estado para receber o título de cidadão honorário de Maceió

22/05/2015 09:42

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Redação com Cada Minuto

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O ministro do Supremo Tribunal Federal, (STF), Marco Aurélio Mello, veio a Alagoas para receber o título de cidadão honorário no plenário do Tribunal de Contas do Estado (TCE), no bairro do Farol, em Maceió. Em entrevista concedida à Rádio Gazeta na manhã desta sexta-feira, (22), o ministro se mostrou contrário à decisão da Assembleia Legislativa de Alagoas, (ALE), de manter o voto secreto para votos governamentais.

Marco Aurélio Mello durante a sua entrevista comentou a respeito da maioridade penal, da aposentadoria compulsória de juristas nos tribunais, da Operação Lava Jato e a polêmica que envolve Alagoas no esquema de corrupção.

Ao falar sobre o voto secreto para os votos governamentais na ALE, o ministro afirmou que manter o voto aberto é a oportunidade de o parlamentar mostrar a população as  ações e os seus pensamentos sobre determinados assuntos. Marco Aurélio Mello ainda disse ser “incompreensível” um órgão público no país descumprir uma determinação do Poder Judiciário. “Talvez seja o caso de fechar o Brasil para um balanço”, afirmou.

Na sessão da última terça-feira (19), foi adiada novamente a apreciação do veto do governador Renan Filho às emendas que pretendem restringir a atuação da 17ª Vara Criminal. Os deputados acabaram atendendo ao pedido do deputado Rodrigo Cunha (PSDB) para que seu recurso em favor do voto aberto fosse apreciado. Os parlamentares votaram em maioria pela manutenção do voto fechado e a apreciação da Lei, que estava na Ordem do Dia, acabou mais uma vez sendo adiada.

Além de Cunha somente os seguintes deputados defenderam o voto aberto, votando contra o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ): Galba Novaes (PRB), Pastor João Luiz (DEM), Bruno Toledo (PSDB), Ronaldo Medeiros (PT), Jó Pereira (DEM), Carimbão Junior (PROS), Tarcizo Freire (PSD) e Thaise Guedes (PSC).

Na sessão da última quarta-feira (20) a Casa acatou um pedido do Deputado Antônio Albuquerque (PRTB) para que ele pudesse analisar com mais calma o texto, o que acabou adiando mais uma vez sua apreciação. 

Primeira Edição © 2011