Assustador. Casos de AIDS crescem 170% em Alagoas

Médica culpa ausência de políticas públicas, promiscuidade sexual e o uso de drogas para aumento dos casos da doença

05/05/2015 13:43

A- A+

Redação

compartilhar:

Os números impressionam e deixam em alerta toda sociedade alagoana. Segundo relatório mensal do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, (Sinan), da Secretaria de Estado da Saúde, (Sesau), os casos de Aids no bestado aumentaram 170% no ano passado.

Os casos de Leishmanionse aumentaram 500% em Alagoas e os de Aids 170% em março deste ano, comparado ao mesmo período de 2014. Os números foram divulgados pelo relatório mensal do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), pertencente à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Conforme o relatório foram 81 ocorrências no ano passado e 224 este ano. Os números, divulgados para a imprensa nesta terça-feira, (5), comprovam que a maioria dos casos são registrados nas regiões da Zona da Mata e Litoral Norte do estado.

Na opinião da gerente técnica-médica do Hospital Hélvio Auto, da Rede Estadual, infectologista Rosileide Alves, a causa principal do crescente alarmante da doença é a falta de políticas públicas na área da saúde, tanto em nível estadual quanto nacional.

“Apesar das formas de prevenção e tratamentos eficazes, ainda vemos a ausência de políticas públicas, o que gera uma crise não só local, mas mundial. As demais causas são a promiscuidade sexual e o uso de drogas. As unidades não acompanham o crescimento e acredito que só uma vacina eficaz controle o número de casos da doença”, explicou a infectologista, ao comentar que “Alagoas acompanha o crescimento mundial de uma epidemia de Aids”, disse a infectologista.

A médica revelou ainda que desde o ano de 2012, o hospital, localizado na capital alagoana, não recebe leitos novos, e ainda assim mantém uma média de atendimento de cerca de 1700 pacientes que estão em tratamento.

Outras unidades em Maceió aptas para receberem portadores do HIV é o PAM Salgadinho, que atende cerca de 900 usuários somente com medicação, e o Hospital Universitário, (HU). A diferença entre o Hélvio Auto e as demais unidades é que o Pan Salgadinho e o HU são locais para distribuição de medicamentos específicos para a doença, enquanto o Hélvio Auto é unidade de internamento dos infectados.

Primeira Edição © 2011