Abusadores das Mentes Juvenis

Se você pensa que isso ocorre apenas na rede pública de ensino, está enganado.

31/03/2015 16:50

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Percival Puggina

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Que está em marcha uma estratégia para utilizar a rede de ensino com o objetivo de fazer a cabeça da juventude, ideológica e partidariamente, é fato evidente e sabido. Seria necessária muita alienação para ignorar o que se passa nas salas de aula do país e sobre o perfil dos profissionais que, há décadas, com Paulo Freire debaixo do braço, comandam a Educação dos desafortunados e abusados estudantes brasileiros.

          Que a sociedade seja pluralista, é uma coisa. Outra, bem diferente é, em nome do pluralismo, chamarem libertadora uma educação que abusa da infância e da adolescência. E o faz para instilar, com mais afinco do que em relação a qualquer outra coisa, conceitos e valores não desejados famílias e contraditórios com sua orientação espiritual e filosófica.

          Se você pensa que isso ocorre apenas na rede pública de ensino, está enganado. A utilização ideológica da sala de aula, as "explicações" marxistas para quaisquer fatos históricos, sociais, ou econômicos, vêm acontecendo com absurda tolerância também na rede particular de ensino. Os processos de infiltração seguem à risca os ensinamentos de Gramsci. E assim, em nome da liberdade de cátedra, inúmeros professores (quando não, estabelecimentos inteiros) dedicam-se a esse insidioso processo de doutrinação.

          Quando você, pai, mãe, matricula seu filho de seis ou sete anos numa determinada escola particular, o faz tendo em conta a orientação filosófica ou religiosa que ela segue. Se você for católico, evangélico ou israelita, provavelmente optará por um estabelecimento de igual confissão religiosa. Sua criança, nessa idade, não tem, por exemplo, um miligrama de marxismo no cérebro. É bem provável que já ame o Brasil, creia em Deus, no valor da solidariedade, na dignidade da pessoa humana. Você o ensinou a respeitar a propriedade alheia. Você exerce o direito de ter seu filho educado em fidelidade à fé, princípios e valores que você adota e segue.

          O ato de levar uma criança a um estabelecimento particular de ensino não implica uma irrestrita concessão. Tais colégios estão autorizados a educar seus filhos,  mas não o estão para manipulá-los, influenciá-los politicamente, ou para lhes fazer a cabeça com idéias que você não quer ver lá dentro. E se eles aparecerem em casa com conceitos exóticos ou marxistas, as escolas podem e devem ser processadas com base no Código de Defesa do Consumidor.

          É preciso pôr um freio nesse tipo de estupro mental que só poderia acontecer com autorização expressa dos país, e somente em escolas particulares que informassem seus objetivos com total clareza. Jamais em educandários públicos! Que os educandários privados formem para a revolução social os filhos dos pais que o desejarem. Tenham coragem! Deixem de lado a dissimulação. Anunciem o que disponibilizam. Mudem o nome de seus estabelecimentos. Passem a se chamar Colégio Che Guevara, Faculdade Karl Marx, Escolas Reunidas Mao-Tse-Tung, Curso Técnico Luiz Carlos Prestes. E deixem de usar, para fins impróprios, nomes de santos e de pontífices.

 

Percival Puggina (70),  membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor deCrônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.   

Primeira Edição © 2011