Caso Davi: Justiça determina proteção para testemunha do crime

O desaparecimento do jovem ocorreu em 25 de agosto de 2014, após uma abordagem da Radiopatrulha, no bairro do Benedito Bentes

23/03/2015 10:51

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Redação

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O pedido de prisão preventiva contra os quatro policiais que foram indiciados pelo desaparecimento do jovem Davi da Silva, (17), foi indeferido pelo juiz da 14ª Vara Criminal, José Cavalcanti Manso Neto. Além disso, também foi determinado que um adolescente de dezessete anos - considerado como a principal testemunha do crime - fosse incluso no Programa de Proteção à Criança e Adolescente Ameaçados de Morte, (PPCAAM/AL).

Em sua versão à polícia, a testemunha que estava junto a Davi da Silva no dia do seu desaparecimento afirmou que o jovem foi levado por uma guarnição da Polícia Militar, (PM), que fazia rondas pelo bairro do Benedito Bentes, parte alta de Maceió.

Medidas cautelares foram estabelecidas para que os militares possam cumpri-las.  Na decisão do magistrado, ficou determinado que os policiais deverão se manter 500 metros distantes da testemunha e, também, deverão se fazer presentes em todas as audiências em que forem convocados.

“São cautelas que, aplicadas ao presente caso, possuem o condão de assegurar a aplicação da lei penal e inviabilizar reiteração delitiva, além de serem proporcionais às circunstâncias do fato imputado aos indiciados e as suas condições pessoais”, explica José Cavalcanti Manso Neto em sua decisão acerca das medidas cautelares determinadas.

Os quatro policiais militares foram indiciados pela Polícia Civil, (PC), por praticaem os crimes de sequestro, cárcere privado, tortura, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Desde o princípio os militares alegam inocência.

A inclusão da jovem testemunha e da sua mãe ao programa de proteção deverá ser providenciada pela Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos de Alagoas.

O CASO

Após uma abordagem da Radiopatrulha, (RP), em 25 de agosto, no bairro do Benedito Bentes, parte alta de Maceió, o jovem Davi da Silva desapareceu. Militares são acusados de praticarem os crimes de sequestro, cárcere privado, tortura, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Primeira Edição © 2011