Advogado do Neafa desmente acusações

MPE, polícia e OAB suspeitam que mortes de animais teve participação de funcionário

11/02/2015 16:02

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Redação

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Continua a polemica em torno dos cães envenenados e mortos na sede do Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis, (Neafa), localizada no bairro do Farol, em Maceió.

De um lado a Polícia Civil, (PC) e o Ministério Público Estadual, (MPE), que investigam a possível participação de funcionários nas mortes, eutanásia e abandono de cães sem donos. Do outro lado representantes do Neafa desmentem a versão.

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, (11), representantes do Núcleo informaram que a funcionária que havia feito às denúncias pediu demissão, na última segunda-feira, (9) e que o outro funcionário, citado nas denúncias, havia sido afastado pela ONG a pedido.

Claudio Vieira, advogado do Neafa, disse que todos estão à procura das razões das acusações sobre as mortes, que segundo ele, são absurdas, salientando que nos casos de eutanásia o procedimento é permitido pelo Conselho Nacional de Veterinária apenas em certas ocasiões, citando como exemplos quando é diagnosticado que o animal  está em estado terminal e ofereça risco à saúde pública. Em relação à denúncia de animais abandonados ele explicou que os animais que não tem donos, nem sempre ficam no Neafa, sendo levados para petshops e instituições especializadas para o acolhimento dos animais.

Representantes da ONG relataram ainda que 9.411 animais foram atendidos no ano passado, com dinheiro próprio e que atualmente, entre cães e gatos, o Núcleo acolhe 86 animais.

Alguns representantes do Neafa, em meio a entrevista, voltaram a desmentir que o um dos colaboradores do Núcleo foi o autor do envenenamento dos cães, conforme revelação do promotor de Justiça, Flávio Gomes da Costa e da presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil, (OAB), Cristiane Leite.

A advogada, que está se licenciando da presidência da Comissão, explicou que o envenenamento dos animais só haveria ter acontecido através de duas possibilidades. Uma delas seria pela entrada principal, enquanto a outra seria por uma casa vizinha ao Neafa, cuja proprietária comprovou que no dia do crime estava viajando e que só retornou no dia 27. Já o nome do gestor suspeito ele foi citado textualmente em vários depoimentos.

Primeira Edição © 2011