O campeão voltou! Anderson deixa lesão para trás, volta sem graças e com vitória e choro

Anderson mostrou durante 25 minutos os vários golpes que tem em seu Arsenal e dominou o provacador Nick Diaz

01/02/2015 05:39

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ESPN

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Senhoras e senhores, Anderson Silva está de volta. Nem o nocaute e muito menos a grave lesão podem parar um campeão. E nem mesmo os quase 40 anos nas costas. Spider é Spider. E mostrou isso mais uma vez na madrugada deste domingo em Las Vegas. Não que ele tenha dado o show que tanto se acostumou a dar. Pelo contrário: não quis nem saber de muitas brincadeiras. Mas Anderson mostrou durante 25 minutos os vários golpes que tem em seu Arsenal e dominou Nick Diaz. A vitória só veio na decisão unânime dos jurados, mas está de bom tamanha depois de tamanha lesão.

E claro, veio acompanhada de muita emoção. Assim que Bruce Buffer anunciou os placares dos jurados e a vitória, Anderson Silva desabou. Desabou no chão e desabou em emoções. Aos prantos, comemorou o que tinha acabado de fazer e acabou levantado pelo rival Diaz.

"Esse momento é muito importante por tudo que sofri durante um ano. Achei que não ia voltar a lutar no começo. Queria agradecer aos meus médicos, ao Lorenzo e ao Dana por tudo que fizeram por mim durante a minha recuperação", disse o brasileiro ainda no octógono.

Antes de deixar o octógono, ainda se ajoelhou no centro do tablado como se fizesse uma oração, um agradecimento por tudo que tinha deixado para trás.

Um clima até um tanto quanto estranho, até de despedida. O próprio Anderson disse que não saberia o que poderia fazer no futuro. "Agora vou voltar para casa, para a minha família, meus filhos. Talvez eu volte, não sei. Queria agradecer a todo mundo que veio aqui", disse. Só depois, em entrevista ao canal Combate, ele 'tranquilizou' a todos e disse que "acreditava que voltaria a lutar".

A luta - Um curioso fato rondou o combate desta madrugada: pela primeira vez, Anderson teve seu psicológico testado tanto quanto testava o do rival. E não só pela lesão. Logo nos primeiros segundos, Nick Diaz abaixou a guarda, começou a falar bastante e até de deitou no chão e se jogou na grade. Ele queria que o brasileiro fosse para cima.

E Spider foi. Não tanto como sempre fez. Afinal de contas, ficou um ano afastado. E o córner deixava sempre claro: não queria saber de brincadeiras. Anderson até se deixou golpear em alguns momentos, mas seguiu a orientação quase que a risca na maioria do tempo. Nada de exageros na esquiva ou na guarda baixa.

Anderson provou que poderia aguentar o ritmo de cinco round. Mesmo diante de um atleta que é conhecido justamente pelo gás impressionante. E não só aguentou como ditou o ritmo quando quis. Partiu para cima em variações de golpes, juntando chutes baixos e altos com socos e joelhadas. Se arriscou em golpes rodados para mostrar sua plasticidade. E tomou conta da luta por quase todos os 25 minutos.

Primeira Edição © 2011