Novo lixão ameaça saúde pública em área próxima ao Mercado da Produção

Distante 100 metros do velho Mercado da Produção, um novo lixão se formou em meio as barracas onde são vendidos produtos agrícolas como fruta e coco verde

22/12/2014 06:06

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Jornal Primeira Edição

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Apesar do aterro sanitário implantado na segunda gestão do ex-prefeito Cícero Almeida, Maceió não está livre de lixões. Um deles, com potencial para crescer, está se consolidando a apenas 100 metros do Mercado da Produção, e não em área isolada, pois está cercado de muitas barracas de frutas e de coco verde.

- Isso aqui virou um lixão, todo mundo joga porcaria nessa área, e o mais grave é que os vendedores de frutas e seus clientes convivem com essa sujeira, sujeitando-se a comprar alimentos contaminados – queixou-se Inácio A. dos Santos, frequentador do Mercado.

Para Inácio Santos, o problema da sujeira é grave, mas pode ter solução rápida: “Basta que a Prefeitura mande limpar e murar a área, o que impossibilitará a deposição de lixo no local”.

A área do novo lixão, localizada ao lado do terreno onde por muitos anos funcionou a Central de Abastecimento (Ceasa), ganhou recentemente um benefício, depois de matéria publicada pelo Primeira Edição: a Prefeitura mandou asfaltar o trecho onde o trânsito estava quase impraticável devido à buraqueira e ao lamaçal.

Na mesma área do lixão funcionam dezenas de barracas com frutas da época como laranjas, abacaxis, melancias, mamões, enquanto outras vendem coco verde. Os preços são convidativos, o que assegura boa movimentação de clientes, mas, em compensação, corre-se sério risco de se consumir frutas contaminadas.

Esse, contudo, não é o único problema do Mercado da Produção, que já não é, ele próprio, um exemplo de higiene e limpeza. Do outro lado do lixão corre um canal a céu aberto, com águas fétidas e mosquitos de toda espécie, criando um ambiente nada saudável na popular Trav. Comendador Tércio Wanderley.

Mas nem por isso as pessoas deixam de se aglomerar em torno do córrego para negociar gaiolas e pássaros, o que tem atraído constantemente agentes da Guarda Ambiental.

O curioso é que, no terreno do embrião do lixão, existem dois containers, colocados pela Limpeza Pública Municipal (absolutamente insuficiente para recolher a imensa quantidade de lixo do local), mas tem negociante se dizendo contra a preservação do terreno: “E a gente vai botar o nosso lixo aonde?”, quis saber um deles dirigindo-se à reportagem do PE.

MERCADO

Cercado de problemas, o Mercado da Produção tem futuro incerto: a Prefeitura de Maceió tem planos para restaurá-lo totalmente ou para a construção de uma nova estrutura, mas sem datas para qualquer um deles. A maioria dos comerciantes defende não uma reforma, mas um novo mercado, desde que seja construído por etapas, de modo a permitir que eles continuem trabalhando.

No início da atual gestão, a secretária Municipal de Abastecimento, Solange Jurema, disse que a reforma do Mercado está nos planos da atual gestão, mas acontece que o prefeito Rui Palmeira já está concluindo seu segundo ano e nada indique que o projeto do MC esteja prestes a sair do papel.

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