A Polícia Rodoviária Federal, (PRF), divulgou nesta terça-feira, (25), a sexta edição do ‘Mapeamento dos Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais Brasileiras’.

Considerada a ‘cópia fiel’ dos locais onde um número cada vez maior de crianças e adolescentes são exploradas o ano inteiro, o mapeamento identificou um número recorde dessa modalidade de crime.  Ao todo, 1.969 locais foram mapeados entre os anos de 2012 e 2013. Em Alagoas foram identificados 29 locais.

O número geral representa uma alta de 9% em relação ao estudo apresentado em 2013, quando foram identificados 193 casos a menos. Para o trabalho de identificação dos pontos a PRF contou com a colaboração da Organização Internacional do Trabalho, (OIT); Childhood Brasil, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e Ministério Público do Trabalho, (MTB).

No Estado o mapeamento encontrou oito locais ativos em diversos trechos da BR-316, oito na BR-423, seis na BR-101, cinco na BR-104 e dois na BR-110. A maioria, um total de 18 pontos, estão localizados nas zonas rurais das cidades de Rio Largo; Satuba; União dos Palmares; Branquinha; Murici, São Miguel dos Campos; Jequiá da Praia; Junqueiro; Porto Real do Colégio; Palmeira dos Índios; Ouro Branco; Canapi; Inhapi; Água Branca e Delmiro Gouveia. No Sertão alagoanos os pontos de exploração sexual foram catalogados como críticos ou de alto risco.

Ainda conforme o mapeamento os locais em Alagoas, onde crianças e adolescentes são exploradas sexualmente, são casas de prostituição, bares e postos de combustíveis. Nesses mesmos locais as vítimas se prostituem com adultos, consomem bebidas alcoólicas e drogas, a exemplo de maconha, cocaína e crack,

O Projeto Mapear, que vem sendo desenvolvido pela PRF há 12 anos, conta com a parceria da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Childhood Brasil, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e do Ministério Público do Trabalho (MPT). A listagem é lançada de dois em dois anos e tem o objetivo de criar a possibilidade de um trabalho intersetorial e articulado de prevenção desse tipo de violência, dando o atendimento e o encaminhamento correto às vítimas e agressores.