DH quer saber se foi pm quem executou trabalhador

25/11/2014 14:02

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Redação

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Familiares do porteiro Ricardo Alexandre dos Santos, que morreu atingido por um tiro de pistola na cabeça, enquanto aguardava um ônibus, serão ouvidos na Delegacia de Homicídios, (DH).

A informação foi confirmada pelo delegado Antônio Henrique Pinto de Farias que investiga o caso, registrado na manhã da terça-feira, (25), no bairro Pescaria, Litoral Norte de Maceió.

Na primeira fase das oitivas, além dos parentes, moradores que teriam assistido o momento que o trabalhador foi baleado, também serão ouvidos pelo delegado.

Ricardo Alexandre, conforme os moradores, teria sido atingido por um policial militar que participava de uma operação que visava prender um traficante de drogas que reside no bairro.

O suposto bandido mantinha em casa um sistema de videomonitoramento que permitia, através de câmeras espalhadas ao redor da casa onde estava, saber a identificação de quem se aproximava.

Segundo versão da Polícia Militar, (PM), durante a ação policial o traficante conseguiu fugir pulando muros de residências na rua onde o trabalhador aguardava o ônibus. O bandido, ainda segundo versão da PM, portava uma arma automática e atirou várias vezes contra os policiais e um dos projeteis teria atingido Ricardo que ainda foi socorrido com vida para o Hospital Geral do Estado, (HGE), onde morreu.

Ricardo era casado, evangélico e pai de três filhos e sua morte levou moradores a organizarem um protesto que terminou em confronto com a PM.

A Corregedoria da PM, em nota, informou que está analisando o caso podendo abrir uma sindicância para esclarecer a verdade.

A morte do trabalhador foi o oitavo caso, em menos de um mês, envolvendo policiais militares. O principal caso foi registrado no inicio do mês quando cinco homens foram mortos, de uma única vez, durante uma ação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas, (Gecoc), do Ministério Público Estadual de Alagoas e equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais. (BOPE). O caso também é investigado pela DH. Todos os mortos, conforme o Gecoc e a PM eram acusados de assaltos e teriam reagido a voz de prisão.   

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