Nomes de mascotes dos Jogos serão conhecidos em dezembro

Nomes serão escolhidos em votação, mas Oba e Eba já aparecem como os preferidos

24/11/2014 12:46

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O Globo

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Os nomes só serão divulgados no dia 14 de dezembro, após votação pelas redes sociais, mas para os atletas e os alunos do Ginásio Experimental Olímpico (GEO) Juan Antonio Samaranch, em Santa Teresa, que acompanharam nesta segunda-feira, (24), sua primeira aparição pública, os mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 já podem ser chamados de Oba e Eba. A justificativa é quase unânime: são simpáticos, fáceis de gravar e falar — os outros concorrentes são Tiba Tuque e Esquindim; e Vinicius e Tom. Os três pares de nomes foram escolhidos entre 400 opções.

— A magia do esporte é muito forte. Na minha primeira Olimpíadas, em Atenas-2004, lembro que o mascote era uma gota. Era muito diferente, tinha uma energia que me marcou muito. Os da Rio-2016 também me passaram essa sensação, e acho que Oba e Eba são os melhores nomes porque são fáceis tanto para o brasileiro quanto para o estrangeiro, e tem uma coisa meio virtual. Claro que seria uma grande homenagem a Tom e Vinicius, mas acho legal um nome que não seja de gente — comentou o campeão olímpico de vôlei de praia Emanuel, apoiado pelas velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze, líderes do ranking mundial na clase 49erFX; e pelas campeãs mundiais de vôlei de praia Juliana e Maria Elisa. O prefeito Eduardo Paes também torce por Oba e Eba.

Até serem apresentados, os mascotes passaram por um processo que durou 15 meses, passando pela concorrência (nove meses), que reuniu 24 empresas interessadas, até as três propostas finalistas, que foram testadas com crianças entre 9 e 12 anos. Depois de escolhidas, em agosto do ano passado, elas ainda permaneceram em segredo até o último domingo, quando suas imagens foram reveladas. Uma mistura da fauna (mascotes Olímpicos) e da flora (mascotes Paralímpicos), eles são, segundo a diretora de Marca do Comitê Rio-2016, a cara do Brasil.

— A gente brinca que foi uma gestação e, agora, colocamos o filho no mundo — contou Beth. — Cada mascote tem que ser pertinente ao evento que representa e o que queríamos era que simbolizassem a nossa diversidade. E eles têm história para contar. O olímpico se estica todo, tem a agilidade dos felinos, o gingado dos macacos e a leveza das aves. Já o paralímpico pode tirar a solução para todos os problemas da cabeça. Ele consegue se transformar o tempo todo, superar os obstáculos.

Os mascotes já estão nos pictogramas dos Jogos e estarão disponíveis em forma de bonecos de pelúcia, em camisetas, pins e bonés. Segundo Beth Lula, historicamente os produtos relacionados a elas representam cerca de 25% do faturamento do megaevento, o que não deve ser diferente no Brasil. As crianças, consultadas durante o processo, são o alvo principal. A contar pela receptividade no GEO de Santa Teresa, o sucesso é garantido.

— Eu nunca tinha visto um mascote ao vivo. Achei muito divertido. Todo mundo aqui na escola gostou. O que mais gostei foi daquele com umas folhas na cabeça — disse Luciana da Silva, de 13 anos, do quinto ano do Ensino Fundamental, que já escolheu seus nomes preferidos. — Fizemos uma votação e ganhou Oba e Eba.

— Sem querer puxar a sardinha para o meu lado, também gostei mais do mascote paralímpico. Mas acho que as duas representam bem o povo brasileiro, com essa coisa colorida, essa alegria — completou o multicampeão paralímpico Daniel Dias, que garantiu ainda não ter optado por um nome.

Como uma Miss Brasil, os mascotes terão uma agenda cheia até o fim das Paralimpíadas, no dia 18 de setembro de 2016. Considerados os embaixadores dos Jogos, a partir de agora serão figurinha fácil em todos os eventos relacionados ao megaevento. A dúvida é, se, como o ursinho Misha, mascote das Olimpíadas de Moscou-1980, eles ficarão na memória de todos para sempre.

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