"Perdemos um amigo", diz Lula sobre Thomaz Bastos

20/11/2014 07:14

A- A+

Rede Bandeirantes

compartilhar:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) emitiu nota de pesar pelo falecimento do advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Ele lamentou a perda de "um dos homens que mais lutou pela democracia e pelo estado de direito em nosso país". 

A morte do ex-ministro foi confirmada no início da manhã desta quinta-feira, (20). Ele estava internado desde a última terça-feira, (18), no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para tratamento de uma fibrose pulmonar.

Na nota, assinada também pela esposa de Lula, Marisa Letícia, o ex-presidente manifestou a amizade entre os dois: "em particular, nós perdemos um amigo". E citou a atuação de Bastos frente ao ministério da Justiça como "fundamental para o combate ao crime e a garantia do cumprimento da lei".

Márcio Thomaz Bastos comandou a pasta durante o governo de Lula, entre os anos de 2003 e 2007. Mas a ligação entre eles é de longa data. Em 1990, após a eleição de Fernando Collor, o advogado integrou o governo paralelo instituído pelo PT e em 1992 participou da redação da petição que resultou no impeachment do então presidente. 

Veja a nota na íntegra:

"O Brasil perde hoje não apenas um de seus melhores advogados criminalistas, mas um dos homens que mais lutou pela democracia e pelo estado de direito em nosso país. Em particular, nós perdemos um amigo.

Márcio Thomaz Bastos foi um corajoso defensor da lei e um advogado apaixonado pela ideia de um Brasil melhor. Foi um homem raro e que muito contribuiu para mudar a história do país. Sua atuação como ministro foi fundamental para o combate ao crime e a garantia do cumprimento da Lei.

Compartilhamos este sentimento de perda com sua esposa Maria Leonor de Castro Bastos, sua família, amigos e tantos admiradores que Márcio Thomaz Bastos fez ao longo da vida."

Bastos tinha 79 anos e era considerado um dos principais advogados criminalistas do país. Ele atuou em casos de grande repercussão no país: defendeu o ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado no julgamento do mensalão e recentemente trabalhou na defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado por abusar sexualmente de 37 pacientes. 

Primeira Edição © 2011