Biu - Uma parada dificílima

25/09/2014 06:22

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Redação

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O senador Benedito de Lira tem uma semana para tentar reverter o quadro eleitoral desfavorável – um desafio e tanto dimensionado pelo êxodo de forças expressivas de seu grupo político. Nos últimos dias, queixando-se da falta de atenção dentro da coligação, o vereador João Luiz, primeiro, e o deputado estadual Jéferson Morais, em seguida, largaram o projeto de Biu e se uniram a Renan Filho.

Guerreiro vitorioso, experiente, Biu sabia que a disputa estadual seria difícil, vindo de uma parceria com um governo, neste momento mal avaliado, mas topou a parada apostando, sobretudo, em sua capacidade de luta, em sua disposição para o embate eleitoral.

Concorreu, também, para sua decisão, a oportunidade de poder concorrer ao governo – sonho maior de todo político – sem correr o risco de ficar sem mandato, em caso de derrota. Nessa hipótese, terá ainda quatro anos de missão a cumprir no Senado Federal.

Seu desafio seria outro, tivesse formado uma coligação direta com o governo, mas tendo Téo Vilela disputando o Senado. Com o grupo que aderiu ao seu projeto, modesto diante da coligação oposicionista fechada com o candidato Renan Filho, sabia que a batalha seria difícil, mais ainda depois que o surgimento de uma terceira via não se consumou. Terceira força que poderia levar a decisão para uma disputa menos desigual no segundo turno.

Nas condições atuais, a disputa alagoana evoca uma corrida em que os principais participantes largaram em posições definidas e guardam distância desde o início da prova, com o segundo fazendo de tudo para encostar no primeiro.

Em política tudo é possível, mas é muto difícil mudar o cenário que se cristalizou ao longo desta sucessão estadual.

Primeira Edição © 2011