Mercado de lingerie plus size ganha espaço em Alagoas

22/09/2014 04:37

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Sebrae

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A moda está para todas. Seja para as mais altas ou as mais baixinhas, mais magras ou mais gordinhas. Nesse contexto, observa-se o aumento da produção, venda e abertura de empresas voltadas para a moda plus size, palavras inglesas que foram adaptadas para as peças com o tamanho de vestuário acima de 44.
 
Segundo dados da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), o segmento já representa 5% do faturamento anual da indústria brasileira, o que equivale a R$ 4,5 bilhões. Em Alagoas, são as lojas e indústrias de lingeries plus size que estão fazendo sucesso.
 
Aproximadamente oito empresas do segmento de lingerie de Maceió e dos municípios de Murici, Olho d’Água das Flores e Palmeira dos Índios participam ativamente das ações da Cadeia Produtiva de Têxtil e Confecções em Alagoas (CPTC).
 
Criada para fortalecer o segmento no estado, a CPTC é desenvolvida através da parceria entre o Sebrae em Alagoas, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) e o Sindicato da Indústria do Vestuário do Estado de Alagoas (Sindivest).
 
Ana Paula Dantas, analista da Unidade de Indústria (UNID) do Sebrae em Alagoas, destacou que a cadeia é essencial para que o segmento de lingerie cresça cada vez mais no estado. Ela falou, ainda, sobre o empenho dos empresários do ramo. “Os empreendedores têm oferecido produtos de qualidade, contratam cada vez mais funcionários e buscam novos mercados”, afirmou Ana Paula. 
 
De acordo com a analista, o papel do Sebrae dentro da CPTC é oferecer capacitação, consultoria tecnológica, de gestão empresarial, modelagem e marketing às empresas participantes.
 
Miss Libélula
 
Um dos casos de sucesso alcançados através das ações da CPTC é o da empresária Ana Luiza Grison, da Miss Libélula Lingerie, que iniciou o seu negócio como Microempreendedora Individual (MEI). No começo, pensou em abrir uma loja para revender roupas plus size. Mas, devido à falta de fornecedores no mercado e o preço não acessível para quem estava iniciando, ela resolveu ousar e abrir a única fábrica de lingerie plus size do estado, em sua própria casa, para atender os manequins acima do tamanho 44.
 
Em sequência, Ana Luiza viu que o negócio estava dando certo, então passou a produzir as lingeries num espaço maior, no bairro de Fernão Velho, em Maceió. A empresa, que era MEI, precisou de mais mão de obra, o que obrigou Ana Luiza a contratar mais três costureiras. Seu negócio cresceu e se transformou em uma Micro Empresa (ME).
 
Atualmente, mesmo com o foco voltado para a capital alagoana, a Miss Libélula vende calcinhas do tamanho P ao G4 e sutiãs do tamanho 42 ao 54 no varejo e atacado para clientes de todo o Brasil, com pedidos feitos através da fanpage da fábrica no Facebook (www.facebook.com/misslibelula), via e-mail (misslibelulamaceio@gmail.com)  e com as mais de 35 sacoleiras cadastradas pela loja.
 
A empresária destacou a visibilidade que a moda plus size vem ganhando no mundo inteiro, além de falar que as mulheres que usam tamanhos maiores já não se sentem tão rotuladas como em outros tempos, já que agora o mercado passou a enxergar esse público.
 
Para Ana Luiza, o principal diferencial de sua empresa é a busca por qualidade e qualificação da equipe de profissionais. “Buscamos oferecer às nossas clientes uma lingerie com tecido de qualidade, modelagem diferenciada e que vista bem no corpo, justamente por termos conhecimento de qual é o nosso público e o que elas querem”, afirmou Ana Luiza.
 
A Miss Libélula participa da Cadeia Produtiva de Têxtil e Confecções em Alagoas e do Sindivest, do qual é sindicalizada desde fevereiro de 2013. “Após me sindicalizar, as coisas mudaram. Passei a ter contato com outros empresários, participar de cursos, feiras e eventos. Se eu soubesse que as coisas seriam assim, já tinha me sindicalizado logo no início”, concluiu Ana Luiza Grison.
 
Mais sobre a Cadeia Produtiva
 
A Cadeia Produtiva de Têxtil e Confecções (CPTC) atende, em média, 400 empresas, entre Microempreendedores Individuais (MEI), Micro Empresas (ME), Empresas de Pequeno Porte (EPP), cooperativas e associações com potenciais empresários de Maceió, Litoral Norte e Sertão do estado.
 
No total, a CPTC beneficia mais de 2.500 envolvidos, entre empresários e colaboradores. A Cadeia orienta, fornece equipamentos, como máquinas de costura, e articula ações para que o seu segmento produtivo se consolide como base econômica para Alagoas.

Primeira Edição © 2011