Uol com agências
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro ministro britânico, David Cameron, prometeram medidas enérgicas e extremas contra militantes do Estado Islâmico após a morte do voluntário britânico David Haines.
Um vídeo exibindo a morte do britânico foi divulgado neste sábado (13) pela internet. Haines foi o terceiro ocidental decapitado nas últimas semanas pelo grupo extremista islâmico, que controla áreas da Síria e do Iraque. Anteriormente, foram mortos dois jornalistas norte-americanos.
Em comunicado, Obama classificou a morte do britânico como um "brutal assassinato" e expressou o apoio dos EUA ao Reino Unido. Segundo ele, os dois países trabalharão juntos com uma "ampla coalizão" de nações para "degradar e destruir" o grupo jihadista que representa uma "ameaça para as pessoas de nossos países, da região e do mundo".
"Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes o assassinato brutal do cidadão britânico David Haines pelo grupo terrorista. Nossos corações estão com a família de Haines e os cidadãos do Reino Unido", disse o presidente.
A chancelaria britânica disse que o vídeo tem "todos os sinais" de ser autêntico. As imagens são compatíveis com as das execuções filmadas de dois jornalistas norte-americanos, James Foley e Steven Sotloff, no mês passado.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, presidiu uma reunião do comitê de resposta a emergências do governo neste domingo sob pressão crescente para aprovar ataques aéreos após a divulgação do vídeo.
Ele disse que não descarta nenhuma opção para combater os extremistas, com a exceção de combates no solo, mas está recebendo pedidos cada vez maiores de alguns de seus próprios legisladores conservadores e de ex-chefes militares para se unir aos Estados Unidos no lançamento de ataques aéreos.
Haines, um pai de 44 anos de Perth, na Escócia, foi capturado na Síria em março do ano passado, quando trabalhava para o grupo humanitário francês Agência para a Cooperação Técnica e Desenvolvimento, que ajudava vítimas dos combates na região.
Os parentes de Haines haviam apelado aos sequestradores pela vida do voluntário britânico.
"Somos a família de David Haines. Enviamos mensagens, mas não recebemos nenhuma resposta. Pedimos aos que mantêm David detido que entrem em contato conosco."
No vídeo da execução, sob o título de "Mensagem aos Aliados da América", o grupo jihadista reprova o Reino Unido por aderir à coalizão liderada pelos Estados Unidos para combater o EI no Iraque e na Síria.
"Vocês entraram voluntariamente nesta coalizão com os Estados Unidos contra o Estado Islâmico, como vosso predecessor Tony Blair fez antes de vocês, seguindo uma tendência dos primeiros-ministros britânicos que não têm coragem de dizer não aos americanos", diz o carrasco, em mensagem dirigida ao governo de David Cameron.
No final do vídeo, outro refém, identificado como Alan Henning, foi mostrado e o homem mascarado disse que ele seria morto se Cameron continuasse a apoiar a luta contra o Estado Islâmico.
Primeira Edição © 2011