"Nenhum órgão está livre dos efeitos nocivos do fumo", alerta cardiologista

01/09/2014 04:35

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Divulgação

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Quando o assunto é tabagismo e câncer logo vem à mente os cânceres de pulmão, de boca, de garganta e todos aqueles afetados diretamente pela fumaça de cigarros, charutos, cigarretes etc.
 
No entanto, poucos sabem dos efeitos do fumo sobre outros órgãos como a pele, sistema digestivo, fígado, laringe, coração e o sistema circulatório, que reúne as artérias e veias que levam o sangue por todo o corpo.
 
"Ou seja, nenhum órgão está livre dos efeitos nocivos do fumo", alertou o cardiologista da Hemodinâmica da Santa Casa de Maceió, Amilson Martins, por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Tabagismo.
 
“Quando um indivíduo fuma, diversas substâncias químicas tóxicas do tabaco entram na corrente sanguínea. Alguns destes produtos enviam sinais para o coração e este passa a bater mais forte e mais rápido causando sua sobrecarga”, detalhou Amilson Martins.
 
As substâncias tóxicas do tabaco lançadas na corrente sanguínea também favorecem a contração dos vasos sanguíneos, tornando-os mais estreitos e forçando o sangue a percorrer um espaço menor. “A associação desses efeitos pode causar hipertensão arterial sistêmica (pressão alta) com todas as suas consequências para o organismo”, completou o especialista, lembrando que os efeitos do tabaco no coração e sistema circulatório são responsáveis por enfermidades graves, deixando muitas vezes sequelas, incapacitando o indivíduo e levando a óbito.
 
O fumo também reduz o LDL (bom colesterol) e aumenta a probabilidade de aparecimento de placas de gordura nas artérias, que podem provocar o infarto do miocárdio. O fumo também aumenta o risco de trombose: formação ou desenvolvimento de um trombo (coágulo sanguíneo) provocando obstrução parcial ou total do vaso sanguíneo. Ao longo do tempo estes efeitos aumentam em quatro vezes o risco de infarto do miocárdio e de acidente vascular cerebral (derrame cerebral) comparando com os não fumantes.
 
Números
 
O tabagismo é responsável por:
 
25% das mortes causadas por doença coronariana (angina e infarto do miocárdio);
 
45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa etária abaixo dos 60 anos;
 
45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos.

Primeira Edição © 2011