Redação
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Nessa hora, o que deve ser levado em consideração é o preço total do que você está comprando. Depois de ter definido o modelo do carro desejado, a negociação deve ser focada no seu preço. A maioria das pessoas esquecem disso e concentram-se unicamente nas prestações, chegando ao ponto de não perceber que ao preço do carro são somados um monte de penduricalhos, como por exemplo, a TAC (taxa de abertura de crédito), que onera bastante o valor do financiamento e que é negociável.
Na verdade, tudo é negociável.
O importante é saber o que está sendo colocado no financiamento do carro, como o emplacamento e o seguro, que valem por 1 ano e, serão pagos parcelados, com juros altíssimos enquanto durar o carnê do carro; garantia estendida que, segundo o vendedor, é muito pouco, "só R$ 35,00 a mais em cada prestação"; depois vem película fumê, trio elétrico, vidro elétrico...
Então, o que deveria ser:
Preço do carro à vista + juros = prestação do carro.
Torna-se:
Preço do carro à vista + TAC + emplacamento + seguro + pelicula fumê + trio elétrico + garantia estendida + vidro elétrico + alarme + etc + juros= DOR DE CABEÇA.
Não adianta focar em negociar apenas a taxa de juros, pois qualquer redução que você consiga, é compensada com o aumento dos penduricalhos.
É exatamente isso que o vendedor, seu amigo, quer de você. E não adianta colocar a culpa no vendedor. Também não pense que o vendedor está ali para lhe ajudar. No final do mês ele precisa receber o salário e pagar as contas e, quanto mais vender financiado, mais gorda será sua comissão.
Tudo é negociável!
O melhor dos mundos seria juntar o dinheiro e comprar o carro à vista. Mas como o melhor dos mundos nem sempre é possível, a melhor maneira de manter o preço e a prestação isolados, é conferir se estão totalmente isolados.
Se realmente precisar financiar um carro, combine o financiamento com antecedência com o banco ou com a financeira. Explore todas as formas de pagamento, juros e tarifas. Vá à concessionária para negociar apenas o preço do carro. No final você compara o financiamento da concessionária com o financiamento pré-negociado com o banco ou com a financeira.
Para terminar, é importante lembrar que a exigência do governo para que os carros novos saiam de fábrica com air bag e freios ABS (o que deve encarecer o preço dos carros), a taxa de juros (SELIC) em alta e o IPI dos carros aumentando (voltando aos níveis antes dos incentivos fiscais), são alguns sinais de que é saudável para o seu bolso evitar ao máximo comprar carro financiado.
Contudo, se realmente o financiamento for inevitável, faça-o no menor prazo possível. O ideal seria no máximo em 24 meses.
Mas como nem sempre o ideal é possível... respire fundo e, muita calma nessa hora.
Primeira Edição © 2011