Redação
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Na última sexta-feira, dia 11 de outubro de 2013, participei do II Fórum Nordeste 2030, na cidade de João Pessoa – PB, a convite da SUDENE e do Governo da Paraíba, com dois objetivos: expor o tema “Mercodeste – Um mercado comum para o Nordeste” e falar sobre o Acordo de Cooperação que está sendo formalizado entre a SUDENE e a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, para estudar a possibilidade de ligação ferroviária de passageiros entre as capitais nordestinas, chamado “Trem do SOL”, que tenho a honra de está colaborando.
Hoje desejo falar com vocês sobre o Mercodeste. Nos próximos dias, o Acordo de Cooperação do trem do Sol será assinado, aí, volto para informar sobre ele.
Foi muito prazeroso observar o quanto os fundamentos e a filosofia, que defendemos neste nosso trabalho publicado em 1999 (Mercodeste – um mercado comum para o Nordeste do Brasil), estão presentes nas mentes de todos os palestrantes que me antecederem.
Realizar a união política e administrativa da região Nordeste em torno de um projeto de desenvolvimento de expressão regional, que transforme as desvantagens aparentes em vantagens reais, não só para a própria região, mas para o Brasil, é o que precisamos fazer urgentemente e disso não podemos abrir mão.
Ficou claro que este projeto – a união política e administrativa da região – terá que ser um projeto de Estado e não um projeto momentâneo de governo. Para tanto, será necessário construí-lo com a participação coletiva: de baixo para cima, e de cima para baixo. Nesta ordem.
Veja o que falou o Secretário de Planejamento da Paraíba, Rômulo Polari:
“Em 1970 o PIB do Nordeste era de 12% do PIB nacional e 42 anos depois está em 13,5%. É um andar muito lento para quem quer resolver o problema. Continuamos sendo a única região do País que tem um percentual no PIB do País menos da metade do que tem na população. Isso é um quadro horrível e aí está certamente a raiz de toda a nossa problemática”, afirmou.
Já o Governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, afirmou que a Zona da Mata Sul, na divisa com Pernambuco, é a grande área de expansão industrial da Paraíba, com a atração de empresas nacionais e internacionais e investimentos que ultrapassam os 2 bilhões de reais. Segundo Ricardo, essa área onde está sendo montado um distrito industrial está sendo pensada conjuntamente com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como uma região onde se tenha os mesmos impostos, taxas, procedimentos e um ente jurídico que possa captar investimentos no Brasil e no exterior.
Vejam as conexões. Defendemos que: se o que desejamos são resultados diferentes do que vimos obtendo nestes 513 anos, temos que fazer tudo radicalmente diferente do que temos feito.
Temos que ser proativos. Temos que, unidos, política e administrativamente, formular um projeto de desenvolvimento regional para o Nordeste e apresentá-lo a União.
Quem não sabe o que quer acaba se contentando com qualquer migalha.
“Vamos pular da garupa para a cela” e construir, agora, hoje, o nosso futuro.
O Nordeste será, desta forma, a solução para o Brasil.
JOSÉ QUEIROZ DE OLIVEIRA
Coordenador do Movimento pelo Nordeste
queirozoliveiral@yahoo.com.br
Primeira Edição © 2011