O Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa) abre suas portas todas às terças-feiras para o Cine Misa, projeto que visa difundir o cinema nacional e alagoano. Em setembro, o público vai conferir uma variada programação entre curtas de animação e longas metragem para um público de diversas idades.

Na terça-feira (3), às 15h, o projeto exibe oito curtas de animação para a criançada. Todos os curtas têm a classificação livre. Entre os destaques deste dia está “Albertinho”, com direção de Lúcia Caus. Roteiro, direção, desenhos e animação foram feitos por 150 alunos da rede pública municipal de Vitória (ES). O curta mostra a história do menino que sonha voar. O filme “Albertinho” é uma homenagem a Alberto Santos Dumont e ao centenário do vôo 14 Bis.

No dia 10 de setembro, às 17h, será exibido “Cronicamente Inviável” e “Divina Previdência”, ambos com direção de Sérgio Bianchi. O Primeiro é um longa e apresenta um Brasil caótico e hipócrita. Já em “Divina Previdência”, é apresentada a história de um mendigo ferido, às voltas com funcionários públicos, documentos e prontuários da previdência social. Com uma carreira de cinema independente, as críticas de Bianchi sempre são verdadeiras.

No dia 17, será exibido “Milagre em Juazeiro”, com direção de Wolney Oliveira. Com 83 minutos de duração, o longa mostra um relato sobre a beata Maria de Araújo que recebe a hóstia e ela se transforma em sangue. O filme reúne imagens documentais (de arquivo e atuais). A maior parte delas foi colhida entre romeiros que, três vezes ao ano, vão a Juazeiro.

Ainda no dia 17, será apresentado um curta de dez minutos chamado “Padre Cícero”, com direção de Geraldo Sarno. As imagens mostram um Padre Cícero, líder religioso e político do Ceará, e aos poucos vai se transformando num patriarca bondoso pai dos pobres, e protetor dos desvalidos.

“A Negação do Brasil” de Joel Zito Araujo e “Carolina” de Jerferson De são as escolhas para encerrar, no dia 24, às 17h, o mês de setembro no Cine Misa.

“A Negação do Brasil” é uma viagem na história da telenovela no Brasil e, particularmente, uma análise do papel atribuído aos atores negros. Baseado em suas memórias e em fortes evidências de pesquisas, o diretor aponta as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros e faz um manifesto pela incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do País.

Em “Carolina”, a história se passa em um quarto onde Carolina (interpretada por Zezé Motta) mora com a filha, Vera Eunice. Cercada por uma realidade de miséria, desespero e preconceito, ela desabafa e extravasa suas angústias em 10 minutos de duração.