“Ela queria se livrar da criança”, diz polícia sobre mãe que matou a filha

Menina foi morta a pedradas; o corpo foi localizado ontem na lateral de uma ponte que dá acesso a saída da cidade de Rio Largo

16/07/2013 04:14

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Marigleide Moura

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Atualizado às 9h50

O delegado de polícia Antonio Edson, da Delegacia de Homicídios, disse em entrevista para a imprensa na manhã desta terça-feira, 16, que a adolescente que matou a própria filha com golpes de pedra no domingo queria se livrar da criança. A menor é usuária de drogas e costumava sair para festas, mas após o nascimento da menina sua rotina mudou.

“Ela tinha que cuidar da criança e não conseguia conciliar as obrigações com suas festas e isso gerava problemas em casa”, afirmou o delegado que colheu depoimento da acusada durante várias horas na madrugada de hoje.

Em um primeiro instante, a mãe disse para a polícia que ela teria sido sequestrada e morta na noite de domingo (14). A adolescente havia falado que caminhava com a menina pelo centro da cidade por volta das 22h quando dois homens encapuzados, que estavam em um carro, a abordaram e arrancaram a menina dos braços dela.

Divulgação

Depois, na delegacia ela mudou a versão. A menor disse que apenas um homem teria levado a criança.

A polícia desconfiou das versões apresentadas desde o início do caso. Segundo o delegado, as histórias não se sustentavam. “É inconcebível que seqüestradores levem uma criança e não negociem. Qual seria a motivação? Toda a história estava fundamentada em fantasias da acusada”, pontuou o delegado.

Ainda conforme a polícia, a menina Karina Danielly Gouveia Lima, de apenas um ano e 6 meses foi morta com um pedra de aproximadamente 4 kg. A roupa usada pela assassina foi encontrada com vestígios de sangue e serviu como prova do crime.

“Durante o depoimento ela fantasiou bastante. Mudou de versão, mas quando nós apresentamos a roupa suja ela terminou confessando e narrou em detalhes a monstruosidade que fez”, afirmou Antonio Edson. 

A partir de agora a adolescente vai ficar à disposição da Promotoria da Infância e da Juventude de Rio Largo. Por ser menor ela deverá cumprir medidas socioeducativas como penalidade pelo ato infracional. Conforme a polícia, o crime foi um homicídio qualificado.

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