John Kerry chega a Seul em meio à ameaça nuclear norte-coreana

Ele disse que o lançamento de um míssil seria “um grande erro” e que retórica de guerra de Pyongyang é “inaceitável” sob todos os aspectos

12/04/2013 11:50

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O Globo

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A Rússia exortou fortemente a Coreia do Norte nesta sexta-feira a evitar novas provocações que aumentem ainda mais a crise na Península Coreana. De acordo com informações do Ministério de Relações Exteriores, o governo russo “fez um apelo insistente à Coreia do Norte para se abster de ações que possam levar a uma nova escalada de tensões”. Mais cedo, o pedido para o alívio de tensões partiu do secretário de Estado americano, John Kerry. Em visita a Seul, ele afirmou que os Estados Unidos nunca aceitarão a Coreia do Norte como uma potência nuclear e defenderão a Coreia do Sul, se necessário. Ele disse ainda que o lançamento de um míssil seria “um grande erro” e que retórica de guerra de Pyongyang é “inaceitável” sob todos os aspectos.

- Estamos todos unidos no fato de que a Coreia do Norte não será aceita como uma potência nuclear - disse Kerry em uma coletiva de imprensa em Seul.


O secretário americano chegou nesta sexta-feira à Coreia do Sul em uma inédita viagem diplomática. Depois, ele seguirá para a China e o Japão, em uma tentativa de conter as ambições nucleares da Coreia do Norte, depois de mais de um mês de ameaças de Pyongyang de ataque aos EUA e à Coreia do Sul. Kerry vai tentar pressionar a China a agir para que o aliado norte-coreano ponha fim à crise na Península Coreana
Em seu discurso de abertura em Seul, Kerry exortou Pequim a garantir que Pyongyang abandone seu programa nuclear e deixou claro que pretende aumentar as possibilidades de alcançar à paz por meio do diálogo. Ele mencionou as condições necessárias para o início das negociações: que a Coreia do Norte abandone a “hostilidade”, “aceite as normas internacionais” e “mostre seriedade” ao assumir um futuro compromisso de desnuclearização.

A viagem de Kerry coincide com a divulgação de um relatório do serviço de inteligência dos EUA, que conclui, com moderada confiança, que a Coreia do Norte aprendeu a fazer uma ogiva nuclear com tamanho suficiente para ser lançada por um míssil.

Na quarta-feira, a CNN afirmou, citando uma autoridade americana, que a Coreia do Norte havia colocado pelo menos um míssil em posição de disparo. No mesmo dia, o ministro da Unificação sul-coreano, Ryoo Kihl-jae, convidou Pyongyang ao diálogo em uma tentativa de aliviar as tensões.

Desde que o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções a Pyongyang depois de um novo teste de armas nucleares no mês passado, o governo norte-coreano tem feito reiteradas ameaças de uma guerra nuclear. A maioria dos analistas, no entanto, diz que a Coreia do Norte não tem intenção real de causar um conflito que poderia resultar em sua própria destruição, mas muitos alertam para os riscos de erros de cálculo na militarizada Península Coreana.


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