Um mês após sua morte, Chávez é ‘sombra’ na eleição venezuelana

05/04/2013 15:37

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BBC Brasil

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No próximo dia 14, a Venezuela terá, pela primeira vez em 14 anos, eleições presidenciais sem a presença de Hugo Chávez. Mas, exatamente um mês após sua morte, o país segue vivendo sua ausência como uma ferida aberta.

E a sombra do ex-mandatário marca a disputa a ponto de tirá-la dos parâmetros de uma eleição comum.

Em teoria, a disputa é entre o herdeiro de Chávez, Nicolás Maduro, e o opositor Henrique Capriles. Na prática, poucos duvidam que Chávez, ou o que ele representa, é o que estará em discussão nas urnas.

Os chavistas fez um esforço claro para transformar a disputa em um plebiscito sobre a gestão do presidente que morreu - tanto que o slogan eleitoral é "Chávez vive, a luta continua".
E, ainda que tente, a oposição não consegue se desvencilhar do ex-presidente. "Nicolás (Maduro) não é Chávez", repete Capriles.

Para os eleitores, as opções não são diferentes das apresentadas em cada eleição disputada por Chávez: para simpatizantes chavistas, o voto de 14 de abril decidirá a continuidade desse modelo; para partidários da oposição, é a oportunidade de pôr fim ao chavismo.

Em outras palavras, o que está em jogo não é tanto a promessa de futuro de cada um dos candidatos, mas sim um balanço da gestão chavista nos últimos 14 anos.

Primeira Edição © 2011