Especialista orienta sobre depressão pós-férias

Pais devem estar atentos com retorno às aulas dos filhos

20/02/2013 11:30

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Assessoria

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Voltar ao trabalho ou às atividades escolares não é tarefa fácil. Após um período de férias, um feriado prolongado, ou até mesmo um final de semana, o corpo e a mente precisam voltar ao ritmo normal de atividades. Um leve mal-estar, falta de energia, dores pelo corpo e desânimo para cumprir obrigações pode ser considerado normal se não ultrapassar duas semanas, segundo especialistas.

Se este desconforto se prolonga por mais de 15 dias, você pode estar sofrendo do que chamamos de depressão pós-férias. Um mal que atinge 23% dos brasileiros, segundo estudo realizado pela Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil), instituição voltada para a investigação e gerenciamento do estresse. Dores de cabeça, angústia e ansiedade, tristeza e frustração são outros dos sintomas.

“Em todas as situações que atendi até hoje em meu consultório, sejam de adultos ou jovens, estes pacientes estão, em sua maioria, insatisfeitos com o ambiente que frequentam, como escola ou trabalho. No caso dos jovens, a depressão pode ser causada por diversos motivos como bullying, dificuldade de adaptação, sociabilização ou aprendizagem, e os pais devem estar atentos nesta época de volta às aulas”, comenta a Dra. Livia Vieira de Melo, psicóloga do Hapvida Saúde.

Nos adultos, os casos estão relacionados ao trabalho. Dificuldade de adaptação, pela falta de infraestrutura, que dificulta, em alguns casos, a realização de um bom trabalho; dificuldade em aceitar ordens de alguém em hierarquia superior; ou dificuldade de sociabilização e principalmente por insatisfação de não estar no emprego que lhe agrade. “Dinheiro ajuda, mas não traz felicidade; e sem felicidade vem a tristeza, e com ela a depressão. Não adianta, por exemplo, alguém que não gosta de criança se aventurar a ser pediatra. Para conseguirmos encarar uma rotina de trabalho é imprescindível amarmos aquilo que estamos fazendo. Afinal, trabalhar com prazer é muito mais gostoso”, explica Livia.

Para os pais, segundo a psicóloga, é importante uma investigação, caso os filhos demonstrem insatisfação com o ambiente escolar. “O melhor remédio é o diálogo, procurando saber o que está acontecendo e assim encontrar o especialista ideal para auxiliar na questão. E em todos os casos, o essencial para uma melhora no quadro de depressão é descobrir que problemas vem prejudicando, buscando assim, maneiras para saná-los, mesmo que, em alguns casos, seja necessária a mudança de emprego ou de escola”, completa.

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