Folguedos tiveram sua última apresentação de janeiro neste sábado na Pajuçara

26/01/2013 13:53

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Divulgação

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A Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) encerra hoje (26) a primeira temporada do projeto Giro de Folguedos. A iniciativa promoveu, durante todo o mês de janeiro, apresentações de grupos de cultura popular na orla de Pajuçara.

Durante os quatro sábados do mês os grupos de Bumba Meu Boi Vingador, Águia e Trovão; o Afoxé Ojum Omim Omorewá e o Afoxé Odo Yá; o Guerreiro Padre Cícero e o Grupo Pedro Teixeira; além dos Cocos de Roda Reviver, Pau de Arara e Xique Xique; e os Maracatus do Coletivo AfroCaeté e Corte de Airá, encantaram o maceioense e os turistas que aproveitavam o fim de tarde na Pajuçara.

Alagoanos como a médica Célia Albuquerque disseram aprovar a iniciativa. “Sei que esses grupos existem, mas nunca tinha tido a oportunidade de assistir suas apresentações. Espero que o projeto continue”, solicita.

Já o dançarino Marcelo Oliveira, alagoano radicado na Itália, se disse surpreso com as manifestações. “Estou há 11 anos fora de Maceió e me sinto verdadeiramente encantado e emocionado de poder reencontrar minhas raízes”, diz.

Se para o público, o projeto trouxe momentos de alegria, para os artistas, a satisfação emana de sorrisos e compassos cheios de maestria.
Para Nany Moreno, coordenadora do Afoxé Ojum Omim Omorewá, o som dos tambores seduz as pessoas por onde passa. “O que precisamos são de espaços assim para mostrar nossa cultura”, afirma.

A irreverência dos Bumba Meu Boi e de seus vaqueiros também conquistam o público. Crianças e adultos se entregam às brincadeiras do boi que hora avança hora recua parecendo acarinhar o público. “É a alegria, a vontade de ser feliz que faz viva a tradição do nosso Boi”, garante Manoel Vítor, vaqueiro do Boi Águia.

As fitas do Guerreiro certamente estão presentes na maioria das fotografias que registraram passeios durante os sábados de janeiro na Pajuçara. Os brincantes do Guerreiro Padre Cícero e do Grupo Pedro Teixeira arrastavam, além de seus chapéus e fitas coloridas, dezenas de cliques fotográficos por onde passavam. 

“Todo mundo quer guardar esse momento”, diz Mestre André.

E se o comentário do líder do Guerreiro Padre Cícero chama a atenção para a interação com o público, a necessidade de guardar esse momento foi mesmo facilmente percebida pela presença das dezenas de câmeras empunhadas com alegria parecendo revelar a missão íntima de cada espectador de fazer durar por muito tempo aquele momento de encontro com a sua própria identidade.
 

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