O ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra, disse nesta sexta-feira que é necessário investir em prevenção para evitar os estragos das chuvas e as inundações durante uma visita ao estado do Rio de Janeiro, onde desde quinta-feira duas pessoas morreram por conta do temporal.
Bezerra, que sobrevoou as zonas afetadas pelas chuvas em companhia do governador Sérgio Cabral, disse que a presidente Dilma Rousseff acredita que é necessário "investir cada vez mais na prevenção".

Segundo um comunicado, Bezerra disse que o Rio recebe US$ 4,3 bilhões do Governo federal para obras de prevenção de riscos e reestruturação das áreas afetadas.

"Nosso objetivo é reduzir o número de óbitos e diminuir os prejuízos materiais. Não podemos evitar os desastres naturais, mas temos que melhorar a capacidade de prevê-los e de alertar à população para que saia das regiões de risco".

O ministro explicou que trabalhará com todos os municípios afetados na prestação de assistência e na reconstrução, e acrescentou que as equipes de emergência nacionais foram deslocadas para os locais em questão.

Além disso, Bezerra disse que foram habilitados 2 mil lotes de ajuda básica e que há necessidade de colchões e remédios.

Durante a manhã desta sexta, um homem de 49 anos morreu depois que uma árvore caiu sobre ele no Alto da Boa Vista, no norte da cidade do Rio de Janeiro, embora a Defesa Civil não tenha incluído essa morte em sua apuração oficial por não ter a comprovação técnica da causa do óbito.

Na quinta-feira, outra pessoa morreu em consequência do deslizamento de uma casa situada na ladeira de um morro por conta da intensidade das chuvas no município de Duque de Caxias.
Além disso, duas pessoas estão desaparecidas e outras 200 mil foram afetadas pelas chuvas no estado.

O prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, explicou que o Executivo ficará a cargo da reconstrução de infraestruturas e do pagamento do aluguel social aos deslocados.

O prefeito, citado pelo canal "Globo", esclareceu que as quantidades não foram definidas, mas calculou recursos de entre R$ 25 e 35 milhões.

Cardoso também explicou que o governo regional e a prefeitura se ocuparão de reestruturar as margens dos rios e do pagamento de indenizações de R$ 5 mil a 300 famílias.