Pai do assassino diz que ‘não há palavras’ para expressar sua dor

16/12/2012 12:28

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Agência Estado

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Peter Lanza, o pai do assassino da escola de Connecticut, assegurou neste sábado que "não há palavras para expressar como está atingido", após saber que seu filho é responsável pela morte de 27 pessoas, incluindo sua própria mãe.

Em declaração divulgada à imprensa, Peter Lanza assegurou que sua família foi "atingida junto com todos os afetados por esta enorme tragédia".

"Estamos em um estado de incredulidade", acrescentou Peter, cujo filho mais novo Adam, de 20 anos, matou a mãe com uma das seis armas que ela possuía e em seguida foi à escola, onde matou 20 crianças e seis adultos antes de se suicidar.

Peter disse que cooperou "plenamente" com os investigadores e que vai continuar fazendo isso no futuro.

"Estamos tristes e tentando encontrar sentido para o que aconteceu", concluiu.

Segundo informaram a imprensa local, Peter e Nancy Lanza se divorciaram há cerca de dez anos (um evento que alguns vizinhos dizem que afetou os dois filhos do casal) e posteriormente ele se casou de novo há três anos.

Peter trabalha no departamento de administração de uma grande empresa e seu filho mais velho, Ryan, de 24 anos, trabalha em Hoboken (Nova Jersey).

O irmão de Nancy Lanza, James Champion, que é agente da Polícia estadual de Connecticut, disse através de um comunicado que "toda a família está traumatizada".

Vigília

Centenas de pessoas se reuniram na noite do sábado em Stratford (Connecticut) em uma vigília em memória da professora Victoria Soto, morta no ataque à escola de Newtown enquanto defendia os alunos.

Os presentes, muitos com velas, se reuniram no instituto de ensino médio de Stratford (a 38 quilômetros de Newtown) junto com alguns membros da família de Victoria, enquanto eram interpretados hinos religiosos.

Após a cerimônia, os presentes deixaram velas em torno de um improvisado altar em homenagem à professora.

Vicky Soto, de 27 anos, foi qualificada por testemunhas do tiroteio como uma autêntica heroína da tragédia.

Ao ouvir os tiros, a professora pediu às crianças de sua sala que se escondessem em um armário e ela se ficou do lado de fora protegendo a porta com seu próprio corpo, por isso que acabou ficando de frente com o assassino.

"Estou orgulhoso que Vicky teve o instinto de proteger suas crianças", declarou seu primo, Jim Wiltsie.

Vários membros de sua família explicaram à imprensa que Vicky decidiu ser professora desde que era pequena, por isso que trabalhar em uma escola primária representava a realização do sonho de sua vida.

Vicky era professora na escola Sandy Hook há cinco anos, e nesse tempo tinha se tornado uma das docentes mais queridas do colégio.

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