Legistas devem começar nova greve segunda-feira

Categoria reclama que acordo firmado para o fim da última paralisação não está sendo cumprido

14/12/2012 06:51

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Marigleide Moura

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Os cerca de 30 médicos legistas que trabalham em Maceió e em Arapiraca devem deflagrar greve na próxima segunda-feira (17). A informação foi dada hoje (14) ao Primeira Edição pelo presidente do Sinmed, Wellington Galvão. Conforme o sindicalista, os legistas devem paralisar as atividades pelo descumprimento do acordo firmado em outubro entre Governo e categoria com mediação do Tribunal de Justiça de Alagoas.

O documento para o fim da greve - que deixou mais de 180 corpos sem exumação no Estado - foi assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Sebastião Costa Filho, e representantes do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Ministério Público Estadual, Procuradoria Geral do Estado, Secretaria de Defesa Social e de Gestão Pública.

No entanto, de acordo com Galvão, o acordo não está sendo cumprido. “Infelizmente os legistas vão parar também. Não resta alternativa. Eu só espero que o Tribunal de Justiça que mediou a negociação faça alguma coisa para evitar nova paralisação”, pontuou Wellington.

À época da greve, havia sido definido que o Estado manteria o valor da bolsa da Secretaria de Segurança Pública, em R$ 2.500, com retroativo a 1º de setembro de 2012. Além disso, ficou responsável por enviar para a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE/AL), o projeto de lei que estabelece aumento de R$ 1.000, com retroativo a 1º de outubro de 2012.

A reportagem do Primeira Edição tentou falar com o diretor do Instituto Médico Legal, Luiz Antonio Mansur para que ele comente a ameaça de greve, mas não conseguiu. O médico não atendeu e nem retornou as ligações telefônicas.

A última paralisação dos legistas culminou na prisão do presidente do Sindicato dos Médicos no dia 22 de setembro. Wellington Galvão foi preso pela Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), levado para Central de Polícia e liberado após assinar termo de compromisso de se apresentar à Justiça para responder a processo por desobediência. O caso ganhou repercussão nacional e apoio de várias instituições e entidades sindicais.

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