Defensores de Mursi e opositores voltam a se enfrentar no Egito

05/12/2012 12:04

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EFE

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Os confrontos entre defensores do presidente egípcio, Mohammed Mursi, e partidários da oposição foram retomados nesta quarta-feira com violência nas imediações do palácio presidencial do Cairo.

Segundo as imagens divulgadas pela televisão egípcia, os manifestantes jogaram coquetéis molotov, garrafas vazias e pedras, depois da chegada de mais detratores do presidente.

Os integrantes dos dois bandos também se envolveram em brigas corpo a corpo, enquanto as ambulâncias retiravam os feridos.

Segundo a Agência Efe pôde comprovar, nas ruas próximas ao palácio estavam postados grupos de dezenas de jovens, sem a presença da polícia, enquanto em uma avenida próxima cerca de 100 pessoas tentavam formar um cordão humano.

Neste momento, passeatas de opositores se dirigem de diferentes áreas da cidade para rumo à área de Ittihadiya, onde se encontra o palácio presidencial.

Segundo a agência oficial egípcia 'Mena', seguidores de Mursi e da Irmandade Muçulmana garantem ter capturado alguns atiradores que portavam escopetas e armas brancas, mas esta informação não pôde ser confirmada.

Os enfrentamentos causaram o fechamento de duas das principais avenidas da cidade que levam ao aeroporto do Cairo, o que provocou grandes engarrafamentos.

Até o começo dos novos confrontos, já havia sido registrado hoje pelo menos seis feridos, segundo fontes oficiais.

Milhares de seguidores dos islamitas obrigaram uma centena de jovens opositores a desocupar as tendas que haviam instalado em torno do palácio presidencial e as desmontaram com violência.

Além disso, os seguidores islamitas, muito superiores em número, começaram a pintar de amarelo os muros externos do palácio, que haviam sido grafitados pelos manifestantes anti-Mursi, e denunciaram ter encontrado 'garrafas de uísque' nas tendas que desarmaram.

O dirigente e fundador do Movimento Juvenil 6 de Abril, Mohammed Adel, responsabilizou em comunicado o presidente Mursi 'pela piora da atual crise que vive o Egito'.

Enquanto isso, o ex-candidato presidencial Amr Moussa, do bloco da oposição, fez um pedido para apaziguar os protestos e que não se ataque os jovens que acampam junto ao palácio em protesto contra a decisão de Mursi de blindar seus poderes. 

Primeira Edição © 2011