Envio de remessas “caro” para migrantes dos Países Menos Avançados

26/11/2012 15:09

A- A+

Rádio Onu

compartilhar:

Grande parte dos fundos enviados por migrantes dos Países Menos Desenvolvidos, PMAs, às terras de origem é absorvida por custos administrativos. A informação é da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad.

Num informe, divulgado esta segunda-feira, a agência aponta que o custo de envio dinheiro do estrangeiro para África é três vezes maior do que a média global. A região Subsaariana tem 33 países integrantes do bloco de 48 nações em desenvolvimento.

Necessidades

Em 2011, o grupo também conhecido por PMA recebeu mais de $ 27 mil milhões de suas remessas de cidadãos que trabalham no exterior, indica o relatório. A maioria das transferências foi privada para cobrir necessidades como alimentação e habitação.
Para a agência, as remessas para a região poderiam ter gerado US$ 6 mil milhões adicionais em 2010, se os os custos administrativos fossem iguais à média global. Para a Unctad, o monopólio detido por poucas empresas que oferecem serviços de transferência internacional de dinheiro mantém os custos elevados.

Diáspora

O secretário-geral da agência, Supachai Panitchpakdi disse haver necessidade de o mundo, ou pelo menos os PMAs, melhorar os serviços bancários e financeiros de modo a que mais fundos da diáspora fossem canalizados para atividades económicas.

A recomendação é que sejam, igualmente, envolvidas instituições de microfinanças, cooperativas de crédito e agências de correio. Pelo facto de os correios terem grande cobertura nas áreas rurais, são tidos como veículo útil para que os trabalhadores transfiram as suas remessas para suas famílias.

Crescimento

O relatório defende a importância de as receitas além de comporem a renda, contribuírem para a redução da pobreza e para o investimento em setores industriais nos Países Menos Desenvolvidos.

Apesar da crise financeira global, as previsões da Unctad apontam para um crescimento continuado das remessas, a médio prazo.

Primeira Edição © 2011