No Piauí, 5% da população sofre de diabetes; médicos fazem alerta

A população pôde ter acesso ontem, na praça, aos serviços de saúde gratuitos

16/11/2012 05:48

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Um ato público realizado ontem, na praça João Luís Ferreira, no Centro de Teresina, marcou a passagem do Dia Mundial de Combate ao Diabetes, celebrado anualmente no dia 14 de novembro. Somente no Piauí, o Ministério da Saúde estima que 5% da população com mais de 18 anos tenha a doença, que nos últimos três anos foi responsável pela morte de três mil pessoas no Estado. Apesar do elevado índice de mortalidade, o ato reforçou que, com informação e acompanhamento médico, é possível conviver com a doença.

Durante toda a manhã de ontem, quem passava pela praça João Luís Ferreira pôde fazer, gratuitamente, testes de glicemia, peso e pressão arterial, além de outros exames rápidos que ajudam a diagnosticar e avaliar os níveis da diabetes. Além disso, profissionais e estudantes da área da saúde orientavam sobre como controlar e evitar a doença.

A aposentada Maria Aparecida Fontes, de 72 anos, é portadora da diabetes tipo 2 há mais de 20 anos e aproveitou a ação para medir suas taxas de glicemia e pressão. "A diabetes é só uma das minhas doenças, pois ainda sofro com hipertensão arterial. Preciso controlá-las e minha principal dificuldade é com a alimentação, já que nem sempre consigo seguir as restrições médicas", afirma Maria, que mora no bairro Renascença, zona Sudeste de Teresina.

Quem também participou da mobilização foi a Associação Piauiense de Diabéticos (ADIP), que em pouco mais de um ano de atuação, já conta com quase 500 associados. Durante o ato, também foi possível se filiar à associação, que tem como principais objetivos disseminar as informações sobre a diabetes e lutar para melhorar o acesso aos medicamentos, bem como tornar o tratamento ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mais humanizado.

Segundo o vice-presidente da ADIP, Raimundo Filho, mobilizações como essas são importantes para alertar à sociedade quanto ao crescimento da diabetes em todo o mundo. "É preciso o desenvolvimento de políticas públicas para combater a doença, mas também que se chame atenção para o fato de que os hábitos de vida pouco saudáveis têm uma enorme influência sobre o surgimento de novos casos", alertou Filho.

No cenário local, Raimundo observa que a maior dificuldade para os portadores de diabetes é o acesso aos medicamentos específicos.  

Primeira Edição © 2011