Feito incomum foi conseguido graças à decisão de três famílias de doarem órgãos
iG
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O Hospital Municipal São José, em Joinville (Santa Catarina), acaba de realizar um feito incomum. Nas últimas 24 horas, a equipe da Fundação Pró-Rim realizou cinco transplantes renais na unidade, graças à doação autorizada por três famílias.
Os pacientes beneficiados têm entre 24 e 42 anos e estavam na fila de espera por um órgão compatível, a mais numerosa do País. No Brasil, 20 mil doentes renais aguardam por uma cirurgia do tipo, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
Os dois rins de um homem que não sobreviveu a um acidente vascular cerebral (AVC) foram aproveitados na cirurgia de dois pacientes, uma jovem de 24 anos e um doente renal de 37. Além dele, outros dois candidatos ao transplante, um de 38 anos e outro de 42, foram agraciados pela opção dos familiares de uma vítima de violência que também teve morte encefálica – quando o cérebro não apresenta mais nenhuma de suas funções neurológicas, mas outros órgãos como coração e pulmões continuam funcionando com o auxílio de aparelhos.
O quinto paciente transplantado em Joinville é um homem de 41 anos que recebeu o rim do irmão mais velho, de 46. Esta operação é chamada de transplante intervivos e pode ser realizada quando um parente é compatível para a doação.
“Cinco transplantes em um só dia é um feito raro, mas representa a melhora nas doações e na capacitação dos órgãos que estamos vivenciando no País”, afirmou o diretor da Fundação Pró-Rim, Marcos Vieira.
Com os transplantes em série, a unidade completou a cirurgia número 100 do ano e a meta é terminar 2012 com 120 cirurgias realizadas. As operações foram feitas ao longo de toda a quinta-feira (8), terminando por volta das 22h.
“Todos os pacientes passam bem, estão estabilizados e ainda em observação”, completou Vieira.
Crescimento
No primeiro semestre de 2012, os transplantes tiveram aumento de 12,7% comparado ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde. O governo federal iniciou uma campanha para aumentar o número de doações, já que a recusa familiar chega a 63% das abordagens feitas pelas equipes nacionais .
Primeira Edição © 2011