Enem: MEC admite que eliminou candidata por engano

09/11/2012 06:01

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O Ministério da Educação (MEC) admitiu nesta quinta-feira que eliminou por engano uma candidata do Enem 2012 por ter confundido a estudante com outra participante que tem nome parecido. Jacqueline Tchia Lin Chen postou fotos do exame nas redes sociais durante a realização da prova, o que é proibido, mas quem foi desclassificada pela organização da avaliação federal é Jacqueline Meei Jy Chen.

De acordo com o MEC, o erro cometido pelo consórcio que aplica a prova. "A rede de monitoramento do Ministério da Educação/Inep identificou corretamente a candidata", diz uma nota do ministério. "O consórcio aplicador, entretanto, confundiu-se com uma homônima (...) que prestava o exame em outro local", acrescenta.

A foto em questão foi postada na rede Instagram no sábado. Alertados no mesmo dia, os fiscais procuraram Jacqueline – a errada –, mas ela já havia entregado a prova. No domingo, a estudante foi avisada de que havia sido excluída da avaliação e que não poderia realizar a segunda prova.

Segundo o MEC, a confusão já foi desfeita. Jacqueline Tchia Lin Chen foi desclassificada do Enem 2012; Jacqueline Meei Jy Chen terá a oportunidade de refazer o exame nos dias 4 e 5 de dezembro.

Nos dois dias de prova, 65 participantes foram eliminados por publicar nas redes sociais fotos do caderno de questões a partir da salas de prova, o que viola as normas do Enem. Segundo o edital do concurso, os celulares, assim como todos os aparelhos eletrônicos, devem ser desligados e lacrados antes do início do exame. Desde a manhã do sábado, o MEC informou que estava monitorando de perto as redes sociais para identificar as irregularidades.

O gabarito oficial da prova foi divulgado na última terça-feira e o desempenho dos participantes deve ser publicado no dia 28 de dezembro. Em janeiro, serão abertas as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que escolha estudantes para universidades públicas, e para o Programa Universidade Para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em universidades particulares.

Vale lembrar que o Enem é corrigido segundo a Teoria da Resposta ao Item (TRI), um método internacionalmente difundido em que a nota final não é resultado da simples soma do número de questões que o participante acerta. Isso porque nem todas questões têm o mesmo valor. Se o participante acerta somente questões difíceis, sinaliza ao sistema de correção inconsistência no domínio da disciplina avaliada, pois a TRI considera que o conhecimento necessário à resolução dos testes fáceis é um pré-requisito à solução dos mais complexos.  

Primeira Edição © 2011