FMI pede que França seja mais competitiva para enfrentar a crise

05/11/2012 09:34

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A França precisa urgentemente empreender grandes reformas para impulsionar a competitividade e melhorar suas perspectivas econômicas, informou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta segunda-feira (5), enquanto uma análise separada do setor industrial do país prescreve a redução de custos trabalhistas.

Em seu relatório anual sobre a economia francesa, o FMI avaliou que o presidente do país, François Hollande, reforçou sua credibilidade com os mercados financeiros por seu compromisso em reduzir o deficit público a 3% no próximo ano, a partir dos 4,5% em 2012.

Mas os orçamentos rígidos na França e pela Europa estão pesando nas perspectivas de crescimento do bloco, tornando ainda mais vital a adoção de medidas para impulsionar a estabilidade econômica e a criação de empregos.

"A perspectiva de crescimento (da França) está sendo ofuscada por uma significativa perda de competitividade", informou o FMI em seu relatório.

"Essa perda é anterior à atual crise, mas há risco de que piore se a França não se adaptar ao mesmo ritmo que seus parceiros comerciais na Europa, sobretudo Itália e Espanha", completou o FMI.

O fundo informou que a França deveria afrouxar suas rígidas regulações trabalhistas, que dificultam às companhias contratar e demitir trabalhadores enquanto o ciclo de negócios flutua, e aliviar impostos sobre a folha de pagamento, que são inibidores de investimento.

O FMI repetiu um apelo recente feito à França e seus parceiros europeus para que mostrem mais flexibilidade no ritmo de seus cortes de déficit e para que revejam seus cronogramas de metas se a atividade econômica permanecer fraca.

O órgão multilateral reduziu no mês passado suas projeções de crescimento para a segunda maior economia da Europa para 0,1% neste ano e 0,4% em 2013, após os anteriores 0,3% e 0,8%, respectivamente.

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