Casos de malária na América caem 40% em uma década, afirma OMS

Região da Amazônia concentra grande número de infectados. Ao menos 21 países têm esforços para combater a doença.

05/11/2012 05:28

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Bem Estar

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Os casos de malária caíram mais de 40% na América entre 2000 e 2010, variando de 1,18 milhão para 669 mil no período, de acordo com um estudo divulgado nesta sexta-feira (2) em Sidney, na Austrália.

O relatório “Derrotando a malária na Ásia, no Pacífico, nas Américas, Oriente Médio e Europa” aponta ainda que houve redução de 60% no número de óbitos na comparação entre 2008 e 2000. A pesquisa é resultado de uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde e da instituição Roll Back Malaria.

Ao menos 21 países americanos lutam contra a malária, doença transmitida aos humanos através da picada de mosquitos infectados do gênero Anopheles. No continente, três em cada dez pessoas correm o risco de ser infectado.

Argentina, El Salvador, México e Paraguai estão próximos de erradicar a doença, segundo o comunicado divulgado em conferência que trata sobre o tema. Na contramão, República Dominicana, Haiti e Venezuela registram aumento de ocorrências na última década.

Brasil tem cidade com índice assustador

Apesar dos avanços no combate, persistem desafios significativos entre as populações mais pobres, que não têm acesso a serviços básicos de saúde, infraestrutura e acesso. O documento cita a situação do Brasil, como na cidade de Anajas, que tem a incidência anual de 452 casos para cada mil habitantes.

O maior número de infecções recaem sobre a região da Amazônia, compartilhada pelo Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela, onde o ritmo de contágio anual é de 50 casos para cada mil pessoas. Outras áreas consideradas perigosas são regiões de florestas banhadas pelo Oceano Pacífico.

A maioria das infecções por malária no continente americano são causadas pelo parasita Plasmodium vivax. O estudo aponta ainda que em 2010 foram registrados 34 milhões de casos de malária na África.

Primeira Edição © 2011