Israel estaria a par de 'contatos discretos' entre EUA e Irã

21/10/2012 11:22

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R7

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Israel está a par dos 'contatos discretos' entre os Estados Unidos e o Irã para conseguir um acordo sobre as negociações relacionadas com o programa nuclear iraniano, afirmou neste domingo o número dois do governo israelense, Moshé Yaalon.

"Não é um segredo que os americanos e os iranianos tiveram contatos discretos e que os Estados Unidos fizeram esforços para promover negociações diretas", afirmou à rádio pública Moshé Yaalon, ministro para Assuntos Estratégicos e suplente do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Anteriormente, o Irã negou a existência de contatos bilaterais diretos com os Estados Unidos para discutir sobre seu programa nuclear, desmentindo assim as informações publicadas no sábado pelo jornal The New York Times e também descartadas pela Casa Banca.

"Não estamos implicados nisso", afirmou o ministro iraniano de Relações Exteriores Ali Akb ar Salehi em coletiva de imprensa em Teerã.

Na noite de sábado, a Casa Branca também negou qualquer acordo com o Irã e disse que ainda trabalha para uma "solução diplomática".

"Não é verdade que os Estados Unidos e o Irã entraram em acordo sobre negociações bilaterais ou sobre qualquer encontro após as eleições americanas," disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Tommy Vietor.

"Os EUA disseram desde o começo que estavam prontos para o encontro bilateral", acrescentou.

O jornal New York Times - citando oficiais anônimos do governo Barack Obama - havia informado que os Estados Unidos e o Irã entraram em acordo sobre a realização de negociações bilaterais sobre o programa nuclear de Teerã.

O acordo teria sido resultado de negociações secretas entre os dois lados, disse a matéria, acrescentando que o Irã insistiu para que as negociações começassem após as eleições presidenciais de 6 de novembro.

Vietor disse que Obama "deixou claro que irá evitar que o Irã tenha uma arma nuclear e fará o que for preciso para isso".

"Sempre foi nosso objetivo, com sanções, pressionar o Irã para que o país entre em sintonia com suas obrigações. O ônus recai sobre o Irã, caso contrário, eles continuarão enfrentando sanções e cada vez mais pressões", afirmou.

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