A promoção do envelhecimento ativo e saudável, a manutenção e reabilitação da capacidade funcional e o apoio ao desenvolvimento de cuidados informais. Estes são os temas abordados pela gerente do Núcleo da Saúde do Idoso da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Elisabeth Toledo, durante o I Encontro Estadual de Gerontologia em Alagoas (ANG/AL), que acontece nesta quarta-feira (13), a partir das 8h30, no auditório da Faculdade Integrada Tiradentes (Fits), em Cruz das Almas.

O encontro, que irá focar a “A gerontologia frente ao desafio do envelhecimento", será voltado aos profissionais que atuam no cuidado da saúde dos idosos cerca de 260 mil idosos alagoanos. De acordo com a presidente da ANG/AL, Cícera Pinheiro, que irá realizar a cerimônia de abertura do evento, a ideia de realizar o encontro partiu da necessidade de socializar saberes e formatar redes.

“Foi com essa ideia que nasceu a proposta do I Encontro Estadual de Gerontologia em Alagoas. Durante o evento faremos uma discussão científica sobre o tema e também o esclarecimento sobre a prática da rede de trabalho com a pessoa idosa em Alagoas”, destacou Cícera Pinheiro, que também é membro do Conselho Estadual do Idoso.

O evento inicia com a conferência sobre a Trajetória Histórica da Gerontologia no Brasil, a ser coordenado pela gerontóloga Tereza Lins. Em seguida, serão discutidos os Aspectos Biopsicossociais do Envelhecimento, Relatos das Experiências Exitosas na Atenção ao Idoso no Estado de Alagoas e Avanços e Desafios de Atenção à Saúde do Idoso e Promoção da Saúde em Alagoas.

O idoso em Alagoas – A gerente do Núcleo da Saúde do Idoso da Sesau irá tratar do envelhecimento ativo, durante a mesa redonda “Avanços e Desafios das Políticas de Atenção à Saúde do Idoso”. De acordo com Elisabeth Toledo, a proposta é que o idoso tenha a garantia de seus direitos de cidadão, como a Saúde, Educação, Segurança e Participação Social, além de manter sua funcionalidade na sociedade.

Dados - Isso porque, dados de 2011 apontam que 11,56% dos idosos alagoanos foram internados por fratura no fêmur. Por essa razão, as quedas – dentre outros assuntos – estão relacionadas ao cuidado próprio, que permitem aos idosos cuidar-se e responder por si só no espaço limitado de seu lar. Em 2010, o número de idosos que foram internados para tratamento de diabetes mellitus chegou a 9,69% dos 260 mil existentes em Alagoas e as internações evitáveis de idosos para tratamento da hipertensão chegaram a 3,56%.

Ainda de acordo com Elisabeth Toledo, a mortalidade de idosos por doenças do aparelho circulatório quase atingiu a casa dos 40% e a mortalidade de idosos por acidente vascular cerebral ultrapassou os 10%. “Em Alagoas, a expectativa de vida ao nascer é de 67,7 anos e, a partir dos 60, ela corresponde a 19,2 anos. Alagoas e Sergipe têm a menor proporção de idosos na população do Nordeste, mas, há um crescimento mais elevado em relação aos demais grupos etários, pois é o segmento que mais cresce no Brasil”, informa.