Alagoas sediará próxima edição do Festival Mundial da Paz

07/09/2012 07:50

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Agência Alagoas

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O governador Teotonio Vilela abriu, no final da tarde de quinta-feira (6), em São Pulo, a terceira edição do Festival Mundial da Paz, promovido pela Universidade Internacional da Paz (Unipaz). O evento reuniu cerca de 200 mil pessoas em 600 atividades paralelas de debates e palestras. Ao final do discurso, o governador defendeu que a próxima edição do festival seja realizada em Alagoas.

Segundo os organizadores do evento, a presença do governador Teotonio na solenidade de abertura é um reconhecimento dos movimentos nacionais e internacionais pela política de promoção da paz implantada por ele em Alagoas. A primeira edição do festival, em 2010, foi aberta pelo ex-presidente Lula.

“Alagoas participa deste Festival Mundial da Paz por compreendê-lo como um evento global, sistêmico e multicultural cuja expectativa é fazer avançar o debate e a busca de soluções práticas, exequíveis, neste esforço universal pela Paz. Estamos trazendo nossa experiência, aqui relataremos nossos progressos, os resultados que já começamos a alcançar, apontaremos nossas deficiências e listaremos os problemas para os quais buscamos equacionamentos urgentes”, disse o governador Teotonio em seu discurso, para um público convidado de mais de cinco mil pessoas, no Parque Ibirapuera.

Durante o evento, o governador também destacou a criação Secretaria de Estado da Promoção da Paz, órgão de primeiro escalão dedicado especificamente à questão da Paz. “Esta secretaria inovadora, desde a sua criação, em 2009, tem desempenhado um papel preponderante enquanto estrutura de legitimação das ações de promoção da Paz como políticas de um governo; e, consequentemente, como políticas públicas”, enfatizou Teotonio.

Teotonio Vilela também destacou o esforço do Governo de Alagoas na realização das ações. “Inspirado na afirmação de Gandhi que dizia que ‘a força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável’, temos nos baseado numa força de vontade extraordinária para fazer frente às debilidades físicas, digamos assim, de um Estado que, além de empobrecido, é obrigado por antigos acordos a pagar à União os maiores juros cobrados frente a uma dívida estadual”, destacou.

Durante o Fórum, o governador citou sete ações da Sepaz na promoção dessa nova política no Estado: Educação para a paz nas escolas; Campanha de desarmamento; Mediação de conflitos; Acolhimento de dependentes químicos; Prevenção às Violências; Sensibilização comunitária e Anjos da Paz.

“Acredito que a construção da Paz, nas circunstâncias contemporâneas, em quaisquer lugares do mundo, necessita de dois componentes sólidos: a argamassa, que creio ser a força espiritual, e os tijolos, que quero crer ser a condição material. Naturalmente que esta obra será erguida por meio destes dois elementos básicos e dentro de um projeto sustentável, numa arquitetura harmônica onde se entrelaçam ideias filosóficas transparentes e arcabouço jurídico impecável”, acrescentou o governador.

O governador incentivou o exercício da paz como prática de vida e citou Martin Luther King para respaldar a sua crença na capacidade todos para exercitar essa paz. “Seremos capazes de viabilizar essa obra, de erguê-la considerando todas essas variáveis? Sim, não tenho dúvida, embora seja consciente da dificuldade cotidiana de fazermos nosso dever de casa. Como disse Martin Luther King, em 1964, discursando quando recebeu o Nobel da Paz: Temos aprendido a voar como os pássaros e a nadar como os peixes, mas não temos aprendido a simples arte de viver juntos como irmãos. Mas, tal qual Luther King, nós temos um sonho, um belíssimo sonho, e mais: temos a coragem de construir a Paz sonhada. E vamos fazê-la realidade”, assegurou.

O secretário de Estado da Promoção da Paz, Jardel Aderico, e o deputado federal Givaldo Carimbão acompanharam o governador Teotonio no evento. Também estavam presentes no evento o reitor da Unipaz e presidente do Festival, Roberto Crema; a presidenta da Unipaz e coordenadora geral do Festival, Nelma da Silva Sá e a presidenta da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura da Paz (Umapaz), Rosi Inojosa. 

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