O delegado-geral da Policia Civil, Paulo Cerqueira, informou nesta quarta-feira (15), que determinou a abertura de um procedimento administrativo na Corregedoria da Instituição, visando apurar a ação policial realizada na sexta-feira (10), na residência do sociólogo Carlos Martins, no Conjunto Antares, em Maceió.

A decisão foi tomada após o recebimento, hoje, de um relatório detalhado sobre a referida ação, o qual havia sido solicitado pelo delegado-geral a coordenadora da Seção de Combate a Roubo a Banco (Serb), da Divisão Especial de Investigação e Capturas, (Deic), delegada Maria Angelita.

No documento, a delegada relata que “não houve qualquer equivoco em relação ao endereço do cumprimento do mandado de busca e apreensão, o qual indicava o local exato da residência de Carlos Martins”. O mandado foi solicitado por ela a 17 ª Vara Criminal após colher informações sobre o local.

No relatório, entre outros detalhes, a delegada reitera que em nenhum momento o ocupante da casa foi submetido a maus-tratos, tortura ou qualquer ato que lhe tirasse ou diminuísse a dignidade ou a integridade física.

Segundo a delegada, o uso das algemas foi necessário por se tratar de um procedimento padrão em todas as operações policiais dessa natureza. Logo que foi constatado que não havia ameaça, o objeto foi removido.

No documento, também consta relatos de alguns vizinhos, que durante a operação afirmaram que não presenciaram qualquer tipo de agressão, gritos ou choro, e confirmaram não terem visto nenhum excesso por parte dos policiais.

O delegado-geral salienta que determinou a abertura do procedimento, apesar de entender, através dos fatos evidenciados no referido relatório, que não houve nenhuma irregularidade na ação perpetrada pela Deic.