Pioneira em Alagoas, zooterapia alegra semana de crianças carentes de Maceió

Zooterapia se trada de uma trabalho de interação e socialização com ajuda de animais terapêuticos de pequeno porte.

17/07/2012 07:52

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Jessica Pacheco e Mickaell Clygens

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Você já ouviu falar em Zooterapia? Não? Com o intuito de trazer a especialidade para Alagoas, Alessandra Almeida, estudante de medicina veterinária, há cerca de dois meses participou de uma especialização em zooterapia na Universidade de São Paulo (USP) e resolveu pôr em prática tudo que aprendeu realizando a Semana de Zooterapia para crianças carentes do Centro comunitário e Educacional Legião da Boa Vontade (LBV).

“Esta semana é apenas um teste, o objetivo é implantar a iniciativa nas escolas, na terapia de crianças especiais, idosos”, disse Alessandra explicando seus planos futuros.

Zooterapia nada mais é do que o trabalho de interação e socialização com a ajuda [terapia] de animais de pequenos portes. Neste caso, a alagoana conta com quatro tipos de animais terapêuticos; uma cadela, duas calopsitas, um jabuti e peixinhos.

“Quando iniciamos o trabalho aqui na LBV, algumas crianças tinham medo dos animais, que relatavam já ter batido em cachorro, diziam que os pais não gostavam e eles também não”, explicou a zooterapeuta. “Agora, finalizando a semana da zooterapia, posso dizer que a visão da grande maioria é outra”, disse Alessandra. “Quem gostou da Priscila [cadela labradora]?”, finalizou perguntando às crianças para ouvir um sonoro ‘eu’ por parte das mais de 50 que estavam no local.

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Segundo Alessandra, a LBV foi uma escolha pessoal, já que era uma fase de testes, o Centro Educacional com mais de 200 crianças carentes que nunca tiveram qualquer contato direto com os animais.

“Eu chamava grupo por grupo para interagir com a Priscila [a cadela], alisava o pelo, conversa com ela. Com o bolinha [o Jabuti] a gente falava sobre ele, explicava o que é o Jabuti, fazia o contato do toque zooterapia realizada na LBV zooterapeuta alagoana está desenvolvendo o projeto com a ajuda de cinco animais terapêuticos: uma cadela labradora, a Priscila; um casal de pássaros calopsitas, o Neymar e a Marta; um jabuti, o Bolinha; e peixinhos. Além disso, Alessandra Almeida juntou um grupo multifuncional de profissionais para desenvolver a atividade, contando com o apoio da fisioterapeuta Polyana Almeida e a educadora física Sileide Martins.

TV Primeira EdiçãoDe acordo com Alessandra todas as 200 crianças do LBV realizaram as atividades com os animais trazidos por ela.

“Todas as crianças tocaram nos animais. O objetivo é de que elas passem a ser mais sociáveis. Algumas até perderam o medo e já comentaram a importância de ter um animal em casa para interação”.

Como o projeto ainda estar em fase de teste, Alessandra garante que o resultado nesse tratamento já pode ser notado. 

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“O resultado durante essa semana foi bastante produtivo. As crianças aprenderam sobre cada animal, cada característica e sobre como não maltratar nenhum deles. O importante dessa terapia é que, cada criança revelou um sorriso, e o que é de melhor, passaram a ser mais ativas em outras atividades”.

Além de terem a zooterapia, as crianças da LBV participam de outras atividades durante o dia, uma delas é a aula de música. Os jovens participam de um coral coordenado pela professora de música, Rosangela Farias. 

“Nós orientamos cada criança a fazerem o bem e andarem no caminho certo. Como eles entram aqui aos seis anos de idade e ficam até a idade da adolescência, focamos em um trabalho de construir bons jovens para o futuro. As crianças não só ficam no coral, elas também participam de oficinas de arte e cultura, oficina do saber e outras atividades que fazem com que esses jovens criem perspectivas boas no futuro”, falou a coordenadora. 

Conforme a coordenadora, a zooterapia propôs aos alunos melhorias em outras atividades.
“Durante a semana os alunos puderam ficar mais próximos dos animais, tocaram, brincaram e aprenderam sobre cada um deles. Foi um trabalho muito bem realizado por Alessandra Almeida, com isso, a garotada melhorou o rendimento em outras atividades aqui na LBV”. 

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Em seu último dia de trabalho na LBV, Alessandra presenteou os alunos daquele lugar. A estudante fez uma surpresa a cada um, entregou um peixinho para que ali eles pudessem colocar em prática tudo que aprendeu sobre os animais e a preservação da natureza.

“Gostei muito da surpresa. Aprendi não maltratar os animais e preservar sempre a natureza. Vou cuidar bem do meu peixinho”, disse um dos alunos da LBV, Paulinho.

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