Câncer de próstata é o mais frequente na população masculina

No Brasil, apesar da estabilização da incidência, houve significativo aumento da mortalidade

16/07/2012 07:52

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Divulgação

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Um importante estudo “International Variation in Prostate Cancer Incendence and Morality Rates” (*), publicado na última edição da revista da Associação Europeia de Urologia, ressalta que houve aumento dos casos de câncer de próstata em 32 dos 40 países analisados na pesquisa, que abrange todos os continentes. Das regiões avaliadas, as que apresentaram os mais altos índices da doença são América do Norte, Europa e Oceania.

No entanto, os maiores aumentos nas taxas de incidência e de mortalidade pelo tumor estão ocorrendo nos países em desenvolvimento da América do Sul, Caribe e África. Este mesmo estudo apontou que ocorrem quase 1 milhão de novos casos da doença por ano no mundo e foram registradas 250 mil mortes pelo tumor no ano de 2008.

No Brasil, apesar dos dados não representarem a real incidência do câncer de próstata no país, houve aparente estabilização da incidência nos últimos anos, porém verificou-se um aumento significativo na mortalidade. O estudo reportou que, por enquanto, a média da taxa de novos casos dos países da América do Sul está em 50 por 100 mil habitantes.

“O Brasil apresenta taxa de incidência de 83 por 100mil, bem acima da média da região. Apesar de aproximarmos dos níveis de países desenvolvidos quanto à detecção de novos casos, houve aumento significativo da mortalidade pelo câncer, possivelmente devido ao aumento da expectativa de vida da população”, alerta o urologista Dr. Daher Chade, (CRM-SP 105.209), Presidente do Departamento de Urologia da Associação Paulista de Medicina, urologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e Pesquisador do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center (EUA).

Além do câncer de próstata já ser o tumor maligno mais frequente na população masculina atualmente, há uma contínua tendência de aumento da incidência na maioria dos países. Apesar da população dos países desenvolvidos representarem menos de 20% da população mundial, quase 75% dos casos e 50% das mortes pelo tumor de próstata ocorreram nesta população.

A qualidade dos dados fornecidos pelos países e o tratamento do câncer de próstata são muito variáveis entre os países, o que pode justificar a discrepância dos dados obtidos, além de possíveis influências dietéticas e ambientais, comprovadamente menos importantes.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a previsão esperada para 2012 é de mais de 60 mil novos casos no Brasil.

Primeira Edição © 2011