Após novas denúncias, senadores querem reconvocar Perillo à CPI

Reportagem mostra suposta ligação do governador de Goiás com a Delta. Para Randolfe, há 'conclusões fortes' para sugerir o indiciamento de Perillo.

16/07/2012 15:02

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G1

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Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) vão protocolar um requerimento para pedir que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) preste novo depoimento à CPI Mista que investiga as relações entre o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários.

Reportagem da revista "Época" desta semana diz que relatório da Polícia Federal comprova o elo entre o governador goiano e o esquema do contraventor. Segundo a reportagem, são contundentes os indícios de que a Construtura Delta, que também estaria ligada ao esquema de Cachoeira, teria repassado recursos a Perillo.

O relatório da PF diz que é possível concluir que ao assumir o governo de Goiás, Perillo fechou acordo com a Delta, com a intermediação de Cachoeira, para que a empreiteira recebesse em dia o que o Estado lhe devia. Em contrapartida, segundo o relatório, a Delta teria de pagar o governador. O suposto primeiro acerto envolveu a casa onde Perillo morava. O governador queria receber "diferença" de R$ 500 mil, o que foi aceito por Cachoeira e a Delta.

De acordo com Randolfe, o requerimento vai pedir que o governador preste depoimento como réu e não como testemunha, condição em que Perillo falou à CPI no último dia 12 de junho. Se vier como réu, Perillo será convocado a prestar novo depoimento, e não convidado como ocorre.

No final da tarde desta segunda, o senador Pedro Taques afirmou que o grupo de parlamentares que defende a convocação de Perillo ainda deve se reunir à noite para afinar os detalhes do novo requerimento. Participam da reunião, além de Taques e Randolfe, os deputados Rubens Bueno (PPS-PR), Miro Teixera (PDT-RJ) e senador Cristovam Buarque (PDT-DF). O local e horário da reunião não foi informado.

"Hoje à noite vamos nos reunir para definir o requerimento. Dificilmente vamos conseguir protocolar hoje", disse Taques.

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