Then Guardian
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Na ponta oeste de Pall Mall, entre veneráveis e antiquados clubes para cavalheiros de Londres, um novo escritório abriu no começo do ano. Na vitrine, um letreiro proclama um lema simples: "Espaço -um território Virgin". Em meio às relíquias do passado, Pall Mall agora abriga o futuro das viagens.
Estamos na nova sede britânica da Virgin Galactic, em que Richard Branson espera criar um mercado inteiramente novo de turismo -o turismo espacial.
Branson investiu mais de £ 162 milhões (R$ 511,2 milhões) no projeto e construção de uma frota de espaçonaves formada pelas unidades WhiteKnightTwo e pelos aviões espaciais SpaceShipTwo, de menor porte, que, operando juntos, transportarão passageiros em viagens a mais de 100 km acima da superfície da Terra, onde a atmosfera do planeta termina e o espaço começa.
Preso ao dorso do jato de transporte, cada avião espacial -transportando dois pilotos e seis passageiros- subirá até uma altitude de 15 km. Lá, o avião espacial será desacoplado da unidade de transporte, e os passageiros sentirão um arranque assustador no momento do disparo do motor foguete.
Serão comprimidos contra os encostos de suas poltronas enquanto a aeronave dispara a mais de 4.000 km/h. Do lado de fora, o céu azul será substituído pela escuridão do espaço, quando a espaçonave deixar a atmosfera.
Depois de 90 segundos, o piloto desligará o motor, e os passageiros flutuarão em gravidade zero, planando no espaço dentro da aeronave. Mais de 100 km abaixo, a curvatura da Terra será claramente visível diante do fundo escuro do espaço.
Os passageiros terão seis ou sete minutos de flutuação livre até que o aparelho inicie seu retorno. As asas curtas mudarão de posição e ficarão apontadas para cima, transformando a aeronave em uma espécie de peteca gigante que "deslizará" de volta à Terra.
Quando o aparelho retornar a uma altitude de cerca de 15 km, as asas retornarão à configuração original, e a aeronave planará até o pouso no aeroporto. E o dia do turismo espacial terá chegado.
Primeira Edição © 2011