Técnicos são treinados para identificar causas de óbito materno e infantil

Foco da oficina é o uso adequado das ferramentas a serem utilizadas no monitoramento dos óbitos materno e infantil, visando reduzir a mortalidade

12/07/2012 07:59

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Divulgação

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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está capacitando, até a próxima sexta-feira (13), técnicos de 11 municípios alagoanos sobre Vigilância do Óbito Materno e Infantil. O treinamento, que teve início nessa quarta-feira (11) e está ocorrendo no Hotel Meridiano, em Maceió, tem como foco o uso adequado das ferramentas a serem utilizadas no monitoramento dos óbitos materno e infantil, visando reduzir a mortalidade infantil.

Para isso, os técnicos estão sendo informados sobre como acessar os dados registrados nos portais de monitoramento dos óbitos no Estado. Eles também foram instruídos a utilizar, adequadamente, as bases de dados ofertadas pelo Ministério da Saúde (MS), visando trabalhar os indicadores de forma racional e oportuna, a fim de evitar mortes prematuras de mães e seus bebês.

Segundo a gerente do Núcleo de Vigilância do Óbito da Sesau, Rosalva Yanes Martin, nesta capacitação estão sendo treinados os técnicos de Arapiraca, Maceió, São Miguel dos Campos, Girau do Ponciano, Coruripe, Penedo, União dos Palmares, Santana do Ipanema, São Luiz do Quitunde Palmeira dos Índios e Delmiro Gouveia.

“Nosso propósito é tornar os técnicos habilitados para identificar quais as reais causas que desencadearam as mortes e traçar estratégias para sanar os problemas, evitando que novos óbitos ocorram pelas mesmas causas”, salientou.

Para capacitar os técnicos municipais, foram demonstradas as fontes de dados que podem ser utilizadas para atualizar os Sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Nascidos Vivos (Sinasc). Isso porque, segundo a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Elisabeth França, por meio de uma investigação correta dos óbitos não registrados, será possível descobrir as reais causas e atacar os problemas que os desencadearam.

“É necessário realizar a investigação dos óbitos, porque só assim encontraremos as causas e as autoridades de saúde pública poderão sanar os problemas. Para isso, é imprescindível a investigação domiciliar, pois através da autópsia verbal é possível descobrir como ocorreu a morte, em quais circunstâncias e as reais causas”, destacou Elisabeth França, que nesta quarta-feira (11) apresentou uma Pesquisa de Autópsia Verbal no Estado.

Com base nos dados apresentados na pesquisa, os técnicos alagoanos estão passando por treinamento prático, a fim de dominar todas as diretrizes dos programas elaborados para o monitoramento da Vigilância do Óbito Materno e Infantil. Para isso, a Sesau trouxe a Alagoas os técnicos do MS, Juan José Cortez, Raquel Lima, Wagner dos Santos e Ana Maria Nogales.
 

Primeira Edição © 2011