CEI pretende entregar relatório com recomendações ao MPE, a Prefeitura, ao Estado e ao Judiciário em 120 dias
Marigleide Moura
compartilhar:
O advogado Pedro Montenegro que presta consultoria à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Violência, disse para a imprensa na manhã de hoje (9) durante a audiência pública “Por que os jovens morrem em Maceió” que o Plano Nacional de Segurança será fracassado se trabalhar apenas um ponto da violência.
Para Montenegro, os problemas da Segurança Pública e da Violência exigem uma análise profunda das causas para poder reduzir os índices de criminalidade. “Não basta resolver a questão da impunidade. É preciso também identificar as causas que levam a esses índices e que levam o nome de Maceió e de Alagoas para o topo da lista de rankings negativos”, declarou.
Ele integrou a mesa na manhã desta segunda-feira, na audiência pública que discutiu o problema do alto número de morte de jovens na capital. O debate foi proposto pelo presidente da CEI, vereador Ricardo Barbosa (PT) e contou com a colaboração dos professores da Universidade Federal de Alagoas, Fátima Albuquerque, Ruth Vasconcelos, Edson Bezerra, e Jairo Calado,que apresentaram dados de estudos sociais feitos pela UFAL nos últimos dez anos.
A professora e socióloga Fátima Albuquerque, uma das palestrantes na audiência da CEI da Violência pontuou que o problema da violência é uma questão social e é de responsabilidade de todos.
Na primeira audiência sobre o tema, Barbosa enfatizou que o objetivo da CEI é realizar várias audiências públicas a fim de ouvir setores da sociedade, especialistas da segurança, estudiosos, familiares das vítimas da violência e gestores da segurança pública.
Já o presidente da Câmara, o vereador Galba Novaes, fez questão de falar que mora no bairro considerado o mais violento de Maceió, o Tabuleiro. Ele disse que esse problema o preocupa muito, pois sabe que muitos crimes, especialmente homicídios, contra jovens até 24 anos, ocorrerem na região.
A Comissão Especial de Inquérito investiga as causas de mortes de jovens em Maceió e pretende em até 120 dias apresentar um relatório com recomendações ao Ministério Público Estadual, a Prefeitura, ao Governo do Estado e também ao Judiciário que medidas sejam tomadas e a escalada da violência seja interrompida.
Primeira Edição © 2011