Lei Seca atua na redução do número de vítimas da violência no trânsito

Iniciativa pretende alertar sociedade sobre os perigos de associar álcool e direção; apenas em 2011, 10.304 vítimas de acidentes passaram pelo HGE

06/07/2012 12:59

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Ascom/Sesau

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De janeiro a dezembro de 2011, 10.304 pessoas foram atendidas no Hospital Geral do Estado (HGE) vítimas de acidentes envolvendo veículos. Já os óbitos somam 5.493 no período de 2002 a 2010. Tendo em vista a redução dessas estatísticas, o Governo vem realizando uma série de atividades educativas e punitivas junto à população. Trata-se da Operação Lei Seca, coordenada pela Secretaria da Saúde (Sesau) dentro das estratégias do programa Brasil Mais Seguro – Alagoas.

A iniciativa também tem a participação da Secretaria da Defesa Social (Seds) e do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) e pretende alertar a sociedade sobre os perigos da associação entre álcool e direção. Apenas no primeiro final de semana de fiscalizações, 46 condutores alagoanos foram autuados, 25 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) e nove automóveis foram recolhidos.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto, as ações têm como principal objetivo diminuir a mortalidade. “Com as sensibilizações, esperamos que as pessoas se conscientizem. Esse é um problema de saúde pública, inclusive porque esses acidentes e mortes atingem pessoas em fase produtiva. O aumento da morbimortalidade já é considerado uma epidemia”, diz.

Ela ressalta que os incidentes com veículos e a violência já ocupam o 2º lugar no ranking das causas de óbitos no Estado, apresentando um aumento de 24,45% nos últimos dez anos. Além disso, entre 2006 e 2010, o custo com internações hospitalares foi de mais de R$ 7 milhões, não contabilizando os gastos com a assistência pré-hospitalar, os procedimentos ambulatoriais e de reabilitação e a previdência.

“Paralelo à oneração do sistema de saúde pública, que arca com os altos custos hospitalares, isso também prejudica e traz diversas consequências para os indivíduos, suas famílias e para a sociedade como um todo. E o pior é que tudo isso pode ser evitado, desde que a sociedade faça sua parte e entenda que misturar bebidas alcoólicas e direção pode acabar mal”, acrescenta Sandra Canuto.

Ações

Para tentar mudar a atual realidade, o Governo do Estado vem apostando na combinação entre ações de cunho educativo e fiscalizações punitivas. A Saúde é a responsável pelas atividades de conscientização, abordagem oral e distribuição de panfletos. A sensibilização também é feita em restaurantes e bares da capital, lembrando aos jovens as consequências de dirigir sob o efeito de bebidas.

Já a parte de fiscalização é de responsabilidade da Seds e do Detran, que já estão nas ruas realizando abordagens a veículos e testes do bafômetro. A infração para o condutor que estiver alcoolizado ou se negar a fazer o teste é considerada gravíssima. Além de multa de R$ 957 e sete pontos na CNH, será aberto um processo administrativo no Detran e este motorista poderá perder o direito de dirigir por 12 meses.

“Iniciaremos ainda uma parceria com os taxistas para estimular que as pessoas usem táxis após beber, deixando o carro em casa, e estamos realizando campanhas publicitárias e outros meios para que todos saibam da operação. Esperamos que, com isso, as pessoas mudem seu comportamento e, assim, consigamos reduzir a violência no trânsito”, destaca a superintendente de Vigilância em Saúde.

A Operação Lei Seca conta também com o apoio das equipes da Polícia Militar, da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), da Força Nacional e da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).

Primeira Edição © 2011