Cícero Almeida fala de 'mágoa' com PP durante inauguração de avenida

Durante inauguração da Avenida Pierre Chalita, que liga o Conjunto José Tenório a Jacarecica, Almeida disse que não vota no PP

28/06/2012 16:03

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Thayanne Magalhães

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A Avenida Pierre Chalita, que liga o Conjunto José Tenório ao bairro de Jacarecica, no litoral norte de Maceió, foi inaugurada no final da tarde desta quinta-feira (28), pelo prefeito Cícero Almeida (PP). Também estiveram presentes o senador Renan Calheiros (PMDB), e o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Galba Novaes (PRB).

Almeida afirmou que foram investidos R$ 10 milhões para o projeto, que inclui uma ciclovia, e que o investimento foi realizado com recursos próprios da prefeitura. “A ideia foi do Mozart Amaral, de quando ele ainda era secretário municipal de Infraestrutura e deve-se tudo à equipe comandada por ele, os engenheiros e arquitetos. Estamos devolvendo à sociedade o imposto e ainda temos muito a fazer”, disse o prefeito.

Cícero Almeida falou ainda sobre a Avenida Presidente Lula, que ligará Guaxuma ao Benedito Bentes. “Serão investidos 22 milhões [de reais] e tem que dar acesso ao aterro sanitário, como é exigido. Não podemos deixar para a próxima gestão e, se deixarmos, que seja com os recursos garantidos”.

Mágoa com o PP
O prefeito de Maceió disse que se sente magoado pelo senador Benedito de Lira (PP), não aceitar o pedido de afastamento de Almeida do partido. “Não vou mais pedir ‘arrego’ a ninguém. Quero ter a liberdade que ele [o senador] tem de apoiar quem ele quiser. O PP está me causando transtornos, eu não quero mais fazer parte do partido, não é nada pessoal”, disparou.

“Quando eu cheguei no PP, o partido não tinha nem um vereador eleito. Agora tem o primeiro prefeito de uma capital e inúmeros vereadores. Passei por momentos ruins e o meu partido não me defendeu em momento algum. Decepção é pouco!”, enfatizou Almeida.

Cícero Almeida disse ainda que pretende preservar sua amizade com Benedito de Lira, mas voltou a “pedir” para sair do PP. “Pessoas que eu ajudei a eleger hoje estão me atacando. O Biu foi o senador mais votado de Alagoas e eu apoiei, acompanhei nas viagens, tive parte nisso”, lamentou.

Deixando claro que não tem nenhuma intenção de continuar do PP, Almeida afirmou que não vai votar e nem apoiar ninguém do partido, e nem os aliados. “Estou insatisfeito e decepcionado. Eu vou entrar no processo político, apoio Renan Calheiros e Maurício Quitella. Ele [Benedito de Lira] era da base do presidente Lula e apoiou o PSDB”.

O senador Renan Calheiros falou sobre violência com a imprensa, e também lamentou a decisão do Ibama, em ter negado a construção do estaleiro Eisa em Alagoas.

“O que aumenta a criminalidade em Alagoas é a impunidade. É preciso contratar mais policiais e pagar melhores salários. Quando o governo Téo começou, tínhamos oito mil policiais militares nas ruas e hoje temos pouco mais de seis mil. É preciso envolver todos os poderes, o Tribunal de Justiça, Ministério Público, todos os órgãos responsáveis pela segurança pública, nesse enfrentamento”, opinou o senador.

Sobre o estaleiro, Calheiros disse que o decisão do Ibama foi absurda e que a bancada alagoana do Senado deve lutar pela aprovação do Eisa no estado. “Queremos saber porque o Ibama trata casos iguais de maneira diferente. Em Pernambuco o órgão ambiental do estado foi quem aprovou a licença para o estaleiro, e em Alagoas não pode ser aprovada pelo órgão ambiental estadual. Não vamos cruzar os braços diante dessa discriminação”, afirmou, opinando ainda que o Ibama demonstrou má vontade ao vetar a licença.

Sobre as eleições, Renan disse que o seu partido está bem estruturado e que o PMDB lançará entre 42 e 43 candidatos a prefeituras em Alagoas.
 

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